sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Voltarei em breve!

Há tempos que estou devendo uma satisfação para vocês que me apoiaram e acompanharam meu blog. Estou sumida e não tenho postado aqui porque estou numa fase de muita dedicação e privações da minha vida pessoal.
Mas quero deixar claro que esta ausência não é definitiva. Não tirarei este blog do ar porque pretendo retomá-lo a todo vapor, com muitas postagens novas (algumas já até esboçadas) e muitas novidades assim que possível.
Desde já agradeço a colaboração e, mais uma vez, obrigada pelo apoio para manter este blog.
Beijos e até breve....

sábado, 4 de junho de 2011

Células-tronco

Esta semana muito foi dito nos meios de comunicação sobre o paciente que teve grande melhora com o uso das células-tronco. O assunto causou-me profunda felicidade porque o tema me interessa, vez que dediquei meu último semestre de Faculdade em 2008, ainda antes da decisão do STF, estudando sobre isso.
Em 2008, a pesquisa científica com células-tronco embrionárias foi discutida no campo do Direito porque alguns juristas questionaram a constitucionalidade do artigo 5º da Lei de Biossegurança. Data vênia,discordei de tais doutrinadores em meu trabalho de conclusão de curso da Faculdade de Direito e filiei-me a corrente que não vislumbrava confronto com a norma constitucional, permitindo a investigação científica dos embriões congelados excedentes de inseminações artificiais, desde que estas pesquisas visassem fins terapêuticos para outros seres humanos, já vivos.
Sou a favor da dignidade da pessoa humana, fundamento da República Federativa do Brasil, e penso que devemos priorizar a qualidade de vida das pessoas já existentes em relação aos embriões ainda não nascidos, principalmente os congelados.
Em suma, embora ainda em fase de experimentação, a pesquisa com células-tronco embrionárias têm demonstrado grande evolução e trará grandes avanços a quem precisa. E sua utilização só foi possível porque sábios Ministros permitiram a pesquisa com o julgamento a favor do artigo 5º da Lei de Biossegurança. A notícia desta semana comprovou que meus estudos valeram a pena, minha conclusão teve fundamento e que posso sonhar com um futuro mais digno para todos que poderão se beneficiar das células-tronco.
Para quem não sabe de que notícia me refiro, copiarei uma versão que tive contato pela Internet:

“Paraplégico mexe pernas após terapia com células-tronco
LAíS CAMARGO 02/06/2011 23h00

Após tratamento experimental à base de células-tronco, na Bahia, um paraplégico de 47 anos voltou a ter sensibilidade nas pernas e nos pés e a movimentar os membros inferiores.
Desenvolvido por cientistas do Centro de Biotecnologia e Terapia Celular do Hospital São Rafael, em Salvador, e da Fiocruz, o tratamento consiste na retirada de células-tronco adultas do osso da bacia e no reimplante no local da lesão.
O primeiro paciente, um policial militar de Salvador cuja identidade foi preservada, ficou paraplégico há nove anos, após uma queda que traumatizou a coluna na região lombar.
Seis semanas após a implantação de células-tronco adultas no local da lesão, o paciente já voltou a sentir as pernas e os pés.
A bióloga Milena Soares, que participa do projeto, é cautelosa ao prever se o paciente voltará a andar um dia.
Segundo ela, isso vai depender, sobretudo, da fisioterapia. "Ele já consegue fazer alguns movimentos com a perna, e os resultados já mostram avanços muito significativos para a qualidade de vida do paciente", diz.
Os pesquisadores afirmam que houve um aumento do controle da bexiga e do esfíncter. Com isso, o paciente ficará livre de cateterismos diários feitos para retirar urina.
"Houve uma resposta muito boa no pós-operatório. Quatro dias depois [da cirurgia], o paciente já demonstrou melhora", diz Marcus Vinícius Mendonça, neurocirurgião que integra o grupo.
Nessa fase experimental, que visa atestar a segurança do procedimento, a técnica será aplicada em 20 voluntários. Dois deles receberam as células anteontem e ontem. O próximo fará o procedimento na semana que vem.”
(FONTE: http://www.correiodoestado.com.br/noticias/paraplegico-mexe-pernas-apos-terapia-com-celulas-tronco_113128. Acessado em 04/06/2011 às 18h).


Agora, copiarei minha conclusão de minha monografia da Faculdade, escrita no 1º semestre de 2008, meses antes da decisão da ADI do STF:

“Como pudemos perceber ao longo desta monografia, a Bioética é um novo ramo do Direito cujo objetivo não é apenas o de determinar o que é permitido ou proibido. Mais do que isso, a ética da vida nos traz uma disciplina moral para que saibamos como nos comportar diante dos indivíduos ao nosso redor, diante do meio em que vivemos e diante da sociedade a qual estamos inseridos.Contudo, insta salientar que estas regras de comportamento mudam com o passar dos tempos e com as transformações sociais.
Neste prisma, as normas éticas devem mesclar-se com o ordenamento jurídico para que juntas sirvam como meios para alcançar uma justiça distributiva, equilibrada e igualitária para todos.
Nesse contexto é que se encontra a pesquisa científica com células-tronco embrionárias. O respeito dado aos embriões não pode ser exagerado porque isto seria contrário à própria Bioética, desequilibrando a relação entre eles e as pessoas já nascidas.
Nosso estudo tratou das novidades científicas, notadamente a fertilização “in vitro”, vez que é por causa dela que surgiu a problemática dos embriões congelados e sua utilização nas investigações científicas com finalidade terapêuctica, conforme o artigo 5º da Lei de Biossegurança. Para tanto, concentramo-nos em refutar as três razões principais alegadas pelos defensores da vida contida nesses embriões, quais sejam: a) ser eles uma vida em potencial; b) a prática violaria a dignidade da pessoa humana e c) o valor simbólico dos embriões.
Entendemos que nenhuma dessas razões seja convincente para proibir o uso dos embriões para pesquisa científica. Afinal, ao respeitar os embriões além do necessário poderíamos descuidar dos interesses de pessoas plenamente desenvolvidas que possuem problemas de saúde por doenças graves, congênitas ou dificuldades físicas.Estes problemas podem ser atenuados por meio dos benefícios proporcionados pelas células-tronco, sejam elas embrionárias, fetais ou adultas. Através da liberação da pesquisa, por meio da supracitada legislação, com essas células capazes de se converter em todos os tipos de tecido fica garantida ao Brasil a oportunidade de apoiar uma das grandes promessas da medicina moderna.
Além disso, por meio da presente pesquisa descobrimos que os embriões excedentários da reprodução assistida se encontram ainda em um estágio de emaranhado de células e não no estágio de uma pessoa propriamente dita. Eles estão em um tubo de ensaio, não no útero ou nas trompas. Ademais, tratam de embriões congelados por anos e que não serão implantados porque o casal responsável não tem mais interesse no procedimento.Seu destino será, pois, indubitavelmente o descarte.
Nota-se que os motivos os quais ensejam a pesquisa de células embrionárias destinadas à regeneração são, além de nobres, um grande progresso científico e tecnológico.O Brasil precisa de mais investimento em pesquisas deste tipo. Todo ano, em nosso país, se formam milhares de doutores mas eles fogem para outros países, sobretudo para o Canadá e para os Estados Unidos.Então, ocorreria um melhor retorno financeiro se investíssemos em pesquisas científicas para mantermos estes “cérebros” aqui com vistas a obter um retorno cada vez mais vantajoso.
Convém lembrar que países avançados já realizam de maneira concreta e efetiva esta prática. A Grã-Bretanha, por exemplo, possui um banco de células-tronco regido pelo Instituto Nacional de Controle e Padrões Biológicos. O artigo 12b da Declaração do Genoma Humano reconhece que a liberdade de pesquisa é necessária ao progresso, perfilhando também no alívio do sofrimento para melhorar a saúde de todos.
Nítido está que, caso a investigação com células-tronco sejam proibidas, o Brasil ficaria atrasado em relação a outras nações, já que milhares de conquistas da medicina e da ciência ocorridas nos últimos séculos teriam deixado de existir se os cientistas fossem cerceados em sua liberdade de busca incessante.
Nosso posicionamento nesta problemática é que a exacerbada proteção de um amontoado de células sem vestígios de sistema nervoso não merece maior amparo legal do que aqueles que aguardam tratamentos para doenças graves ou, às vezes, incuráveis. Proibir uma nova tecnologia seria menos ético do que o inverso. As pessoas que esperam nas filas de transplantes e as portadoras de necessidades especiais gozam dos mesmos direitos que as demais. Destarte, as células-tronco são sim uma esperança para estas pessoas e, por esta razão, não podem ser simplesmente descartadas como se não tivessem utilidade alguma.
Por fim, concluímos esta pesquisa afirmando que o pluralismo característico da Bioética deve imperar. Nosso Estado Democrático de Direito é, sobretudo, laico. Despreendido, portanto, de qualquer influência religiosa, seja ela qual for, prevalece o livre arbítrio para que cada indivíduo siga suas próprias convicções. Então, mesmo que tutelada juridicamente, somente buscará eventual terapia deste tipo àquelas pessoas que não considerarem problemas morais contra tal procedimento. Devemos aplicar a essas técnicas o mesmo raciocínio que aplicamos hoje com as transfusões sangüineas, vez que as testemunhas de Jeová em virtude de suas convicções morais se recusam a realizá-las. Seus princípios morais são respeitados, portanto. “
(A Utilização das células-tronco embrionárias para pesquisa científica. Marcella Santaniello Buccelli.2008. São Paulo – Brasil).

terça-feira, 24 de maio de 2011

Mais música



Essa música me encantou desde a 1ª vez que ouvi porque representou um período muito importante de recomeço de minha vida no ano passado. Decidi postá-la como mensagem para todos aqueles que deixaram um passado para trás para um recomeço muito melhor.
Passado não é apenas passado. Com o passado entedemos o presente para modificar o futuro. Não é apenas na disciplina de História que esta afirmação se confirma. Ela também pode ser aplicada para "a história de cada um de nós".
O passado é um grande aprendizado para nosso amadurecimento e para nos compreendermos melhor.
Espero que gostem da canção "Eu apenas queria que você soubesse" de Gonzaguinha.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Educação Inclusiva!

Caros leitores, recebi a mensagem abaixo,via e-mail, de uma ONG (MAIS DIFERENÇAS) que conheci recentemente. Ela trabalha em prol dos direitos das pessoas com deficiência e estão divulgando o abaixo-assinado aqui encaminhado a favor de uma educação inclusiva, ao contrário das "escolas especiais". Bom, quem conhece minha história sabe que sou contra este tipo de diferenciação.Sou a prova viva de que o melhor para incluir é estudar em escola comum.
Então, assinei o abaixo-assinado referido e sugiro que vocês leiam as mensagens que recebi e o enunciado da petição para assinar também, caso concordem. E, por favor, divulguem!

"Olá!

Queridos(as) colegas Professores(as), Supervisores/ras, Coordenadores/ras do AEE.

Peço-lhes que leiam este e-mail, que trata de assunto muito sério, até o final. E pensem com carinho sobre o que escrevi.

Como muitos e muitas de vocês já sabem, estamos em campanha pela coleta de assinaturas de um manifesto em prol da inclusão, disponível em:
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=INCLUSAO

Mas, para que vocês tenham ciência da urgência e da gravidade do assunto (e, assim, possam agir no que for possível) resolvi escrever esse e-mail/pedido.

Estão acontecendo fortíssimas campanhas (no Senado e na Câmara Federal) para atacar alguns documentos FUNDAMENTAIS para a inclusão. Um deles é a Meta 4 do Plano Nacional de Educação, que ainda está em tramitação e, portanto, é a mais frágil de todas.

Há, ainda, movimentos para a dissolução da Polítca Nacional de Educação na Perspectiva da Educação Inclusiva, que vocês tanto conhecem e que embasa nosso trabalho. Estão sendo também desarquivados projetos de lei que já tinham sido rejeitados por pareceres técnicos do MEC (inclusive um de emenda à Constituição Federal).

E tudo isso porque as pessoas que apoiam as políticas de segregação e assistencialismo das escolas especiais estão aproveitando a mudança de governo para tentar retomar o espaço que perderam por causa da nossas conquistas na inclusão (digo nossas porque essa é uma luta de todos nós).

Nós sabemos muito bem que a proposta do MEC foi flexível: permitiu que as escolas especiais não fechassem, mas que, em vez de escolarizar, apenas oferecessem o AEE. No entanto, manipulam a imprensa e a opinião pública, dizendo que o MEC vai fechar o INES, o Instituto Benjamin Constant e outras intituições "importantes para a sociedade". Com isso, TENTAM MODIFICAR NOSSAS LEIS PARA REGULARIZAR DE VEZ A ESCOLA ESPECIAL!!! Isso é muito grave.

Não podemos esquecer que os opositores da inclusão são fortes perante a opinião pública. Bradam que "a sociedade" quer a escola especial. Mas nós todos sabemos que isso não é verdade. E VAMOS FICAR PARADOS??? Tenho certeza de que não. Temos que mostrar que existe um exército que luta todo santo dia para fazer a inclusão nesse país dar certo. Temos que dar voz às mães e aos pais que choram quando vêem que o filho tem direitos, que aprendeu, fez amigos, avançou, está feliz...

Está havendo uma manipulação da informação para deixar a população contra as política de inclusão do MEC e para, inclusive, derrubar a secretária de Educação Especial e sua equipe (tem uma passseata marcada em Brasília para o dia 19 de maio).

E, pior de tudo, é que, em meio a todo esse absurdo, as crianças são o que menos contam.

O QUE PODEMOS FAZER???

TUDO. Existe um abaixo-assinado do INES contra a inclusão que já tem mais de 7,5 mil assinaturas. Nossa meta é chegar à marca de 10 mil assinaturas no NOSSO MANIFESTO. Como vamos fazer isso? Criando redes. Sabemos muito bem fazer isso!

Se cada um(a) de vocês assinar a petição, já somos cerca de 3 mil pessoas. Se cada um(a) conseguir mais 3 assinaturas (não é muito, não é mesmo?), já teremos 12 mil. TOPAM???

Importante: para assinar a petição online, é preciso que a pessoa tenha um e-mail válido. Mas, caso vocês queiram coletar assinaturas de pais e mães que não tenham e-mail, é simples: basta que vocês apenas peguem o nome completo, a cidade e o estado e o CPF da pessoa e enviem PARA O E-MAIL DA MEIRE CAVALCANTE: mecavalcante@gmail.com

Temos apenas uma semana para atingir a meta de 10 mil assinaturas. Acredito que conseguiremos. Depois de ver a revolução que conseguimos fazer até hoje nas escolas do país (e que ainda vamos fazer, porque nãoi desistimos do que conquistamos!), tenho certeza de que NADA É IMPOSSÍVEL. E vocês, acham que é possível?

Contamos com cada um(a) de vocês.

http://www.peticaopublica.com.br/?pi=INCLUSAO

Um abraço da Maria Teresa Mantoan"

terça-feira, 12 de abril de 2011

REATECH 2011

Boa noite, gente. Apesar da falta de tempo, não me esqueci do Blog não, sempre que eu puder passarei por aqui. Nestas últimas semanas, ocorreram fatos muito interessantes para publicar. Prometo postar TUDO, aos poucos.
Em primeiro lugar, quero contar que conseguimos ajudar parcela da questão referente a falta de vagas nas escolas públicas para as crianças da Vila.Nosso pedido por MS com liminar foi atendido para 4 crianças, graças a Deus! As mães e as crianças ficaram muito felizes e isso deixou a mim e a todo meu grupo de amigos satisfeitos e realizados. Realmente, existem coisas na vida que não tem preço. Ajudar a quem realmente precisa é impagável, ver a gratidão de um povo tão humilde e carente nos ensina muito. Mais uma vez, agradeço aqui a Manu e a todo o grupo por ter me dado oportunidade para participar de um projeto tão bonito e que tenho aprendido demais.
Mas hoje, mudarei um pouco de assunto. Quero expor que nesta semana acontecerá a Reatech - a maior feira sobre reabilitação - 2011. O evento será no CENTRO DE EXPOSIÇÃO IMIGRANTES dias 14 a 17 de abril. Convido a todas as pessoas com deficiência, parentes, amigos, profissionais da saúde e qualquer um que queira conhecer.
A feira costuma trazer tudo o que for relacionado a reabilitação e inclusão social, inclusive um stand da OAB-SP para esclarecimento de dúvidas. Veja a descrição do próprio site da Reatech:

"A Feira


Para cada caso, uma solução! Esta frase serve para tudo.

Para cada carro, um pneu. Para cada tipo de viagem, um transporte diferente. Para cada parede, uma pintura diferente, e assim por diante.

No mundo das pessoas com deficiências não é diferente, pois a maioria das soluões é individual.

Imagine ficar procurando pela Cidade, pelo Estado, pelo País ou pelo mundo para conhecer e adotar soluções as mais diversas? Uma loucura! Impossível!

E a REATECH consegue esta façanha. Reunir os fornecedores das soluções que atendem às necessidades das pessoas com deficiências.

A cada edição os visitantes voltam com mais interesse para conhecer esses produtos e trazem os seus amigos, ampliando sempre a quantidade e a qualidade dos visitantes.

Sua empresa tem que estar presente neste evento, pois são muitas as oportunidades que se abrem, quer seja com venda direta, quer seja por meio de acordos de representação, distribuição e outras modalidades.

Se a sua empresa faz parte deste mundo, tem que participar da REATECH 2010, uma feira que continua florescendo."

Mais informações: http://www.reatechvirtual.com.br/

VALE A PENA CONHECER!!!!!!!!!!

domingo, 13 de março de 2011

CRIANÇAS SEM ESCOLA NO BAIRRO DE VILA ANDRADE

Hoje, apresento aqui uma sugestão de reportagem. Essa sugestão, já foi encaminhada para a rádio CBN e para o “Você no G1” da Globo. Mesmo assim, queria pedir encarecidamente aos amigos e aos leitores deste singelo Blog que, caso alguém conheça ou tenha um contato mais direto com a imprensa, qualquer uma, mas de preferência a Televisão, por favor, informe minha sugestão de reportagem porque meus atendidos da Vila Andrade estão precisando muito. Postarei aqui o texto que enviei para o G1:

“Eu, MARCELLA SANTANIELLO BUCCELLI, advogada voluntária de igreja batista do bairro da Vila Andrade, venho, representando os cidadãos do mesmo bairro, informar suposta indisponibilidade de vagas nas escolas de ensino médio e fundamental nas Escolas Municipais bem como nas creches da região, com destaque às vagas do Ensino Fundamental na Escola Municipal Francisco Rebolo. Eu e os supracitados moradores, inconformados com tal situação, viemos, por meio deste noticiário, solicitar da Subprefeitura responsável que readeque a disposição das vagas escolares, transferindo as crianças residentes na região de Vila Andrade para as escolas mais próximas de suas residências.
As famílias moradoras da região da Vila Andrade não têm possibilidades de levar seus filhos para as escolas distantes de sua residência, nas quais seus filhos foram transferidos, por falta de recursos financeiros e de tempo disponível, vez que precisam trabalhar para manter seu sustento. Ademais, é responsabilidade do Poder Público fornecer às crianças transporte escolar gratuito, caso as escolas sejam distantes da residência do aluno. O que também não vem acontecendo.
Ressalte-se que os moradores da região já constataram a existência de vagas nos estabelecimentos de ensino existentes nas proximidades da região (sendo uma delas a Escola Municipal Francisco Rebolo). Mas, sem qualquer explicação, seus filhos foram transferidos para os mais distantes, dificultando a frequência das crianças a esses estabelecimentos em razão da grande distância e inexistência de transporte escolar.
Frisa-se, ainda, que este problema já tem sido comunicado desde o início do período letivo, pelos moradores supra, à Delegacia de Ensino, ao Conselho Tutelar bem como à Subprefeitura competente. No entanto, até a presente data nada foi feito. Por fim, salienta-se que as crianças as quais se encontram na situação descrita estão sendo gravemente prejudicadas, já que ficarão em defasagem de aprendizado em relação às demais crianças que já estão estudando desde o início do ano por já terem perdido mais de um mês de aulas. Em razão do fato ora apresentado, muitas famílias já buscaram medidas judiciais.
Por todo o exposto, solicitamos dos ilustres redatores da Rede Globo, regional do Município de São Paulo, que divulguem este fato por meio de seu noticiário regional o mais rápido possível, a fim de que a Subprefeitura do bairro de Campo Belo, no Município de São Paulo, tome alguma providência.
São Paulo, 13 de março de 2011.

MARCELLA SANTANIELLO BUCCELLI
OAB-SP: 282.859"

Desde já agradeço a quem puder nos ajudar.

sábado, 5 de março de 2011

Carnaval

Eu nunca fui muito fã do carnaval, nunca tive paciência para assistir aos desfiles das escolas de samba pela televisão. Pareciam-me todas iguais, não via beleza em nada disso.
Contudo, com o passar dos anos, mudei minha opinião. Hoje, não me considero uma carnavalesca de carteirinha, não me vejo e nem pretendo frequentar “bailes de carnaval” ou sair desfilando em escola de samba, mas valorizo essa festa muito mais do que antes.
Isso porque não há nada mais brasileiro do que o carnaval. Faz parte de nossa história, nosso folclore e nossa tradição. O carnaval é alegre, colorido e miscigenado como nosso povo. A mistura das raças branca, negra e indígena estão nos batuques da bateria, nas fantasias e nas danças. O carnaval é misturado, é como cada um quiser ou imaginar.
Não há bom compositor ou intérprete nacional que nunca tenha composto ou cantado uma música de carnaval, um samba ou chorinho. Seja qual for o estilo ou gênero. Frisa-se, porém, que quando digo samba, estou me referindo ao samba de qualidade, de raiz, dos morros cariocas ou dos tradicionais sambistas cariocas (Beth Carvalho, Alcione, Lecy Brandão) bem como dos paulistas (Exaltasamba). Não daquele pagode romântico que nada representa de nossa história.
Chico Buarque, por exemplo, já compôs inúmeros sambas e em 1997 produziu um CD desse gênero musical para arrecadar fundos para a Mangueira – sua escola de coração; Marisa Monte e Maria Rita já gravaram CD cujo conteúdo era o samba do início ao fim; Ney Matogrosso já gravou, também, CD homenageando o Cartola, um dos maiores sambistas do Brasil e Cazuza discutiu com sua banda Barão Vermelho por ter insistido em gravar uma música do mesmo compositor.
Não é à toa, portanto, que o mundo todo quer vir ao Brasil para conhecer nosso carnaval. O triste é notar que inúmeros brasileiros não dão o menor valor ao carnaval ou a nossa cultura musical, preferindo ouvir musicas internacionais. Não estou propondo um boicote às musicas internacionais, nem fazendo apologia ao carnaval e a musica popular brasileira. Existem cantores e compositores MARAVILHOSOS em toda parte, reconheço e, inclusive, aprecio muitos deles. O sábio Cazuza sempre proclamou que o importante é que a música seja BOA, não importando sua origem ou estilo. Eu assino embaixo do que disse nosso ilustre poeta dos anos 80.
Particularmente, costumo preferir as músicas nacionais, porém, não acho ser isto uma verdade absoluta. Cada um se sensibiliza com um estilo musical, mesmo porque não há nada mais individual do que a música. O importante é que ela toque o coração de quem a ouve.
O que proponho neste feriado de carnaval é que passemos a ouvir o samba sem preconceito, que os leitores busquem o samba brasileiro de qualidade e o ouça com o ouvido e o coração abertos. Fazendo isso, certamente irão se identificar com ele, percebendo que nele podemos encontrar muito sobre o Brasil e de sua história. Afinal, há muito de cada um de nós no samba do morro. Quando fiz isso descobri que tinha muito mais de samba dentro de mim do que eu mesma imaginava. Hoje, penso até em ir assistir o desfile das escolas de samba na Avenida, seja em SP ou no Rio de Janeiro.
Para encerrar, postarei uma música do repertório do disco SAMBA MEU (2007), da cantora Maria Rita, disco que originou uma recente turnê de shows da cantora que fez muito sucesso de público. O disco é composto por músicas excelentes e das quais gosto muito. Contudo, o espaço me permite escolher uma só. Então, selecionei a música NUM CORPO SÓ de Arlindo Cruz e Picolé, por ter me chamado a atenção desde a primeira vez que a ouvi.



Espero que tenham gostado.
BOM CARNAVAL PARA TODOS!!!!!!!!!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Boletim da Secretaria da Pessoa com deficiência

Quarta-Feira, 16 de Fevereiro 2011 - Boletim nº 31


A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência encaminha seu Boletim Informativo com o resumo das principais notícias relacionadas a inclusão e promoção dos direitos da pessoa com deficiência.

Secretaria realiza o lançamento do Livro “Audiodescrição – Transformando Imagens em Palavras”, no dia 24/2
O evento acontece no dia 24 de fevereiro. Este livro é o primeiro sobre audiodescrição no Brasil, uma mostra significativa da produção intelectual brasileira sobre o tema. Na ocasião, haverá também o lançamento da versão virtual do Memorial da Inclusão e a primeira mostra de acessibilidade dos museus do Estado de São Paulo.



Fórum “A Educação Física, o Esporte e o Lazer Incluindo as Pessoas com Deficiência”

No dia 24 de fevereiro, A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência realiza no auditório de sua sede, das 13h30m às 17h30m, o Fórum - A Educação Física, o Esporte e o Lazer Incluindo as Pessoas com Deficiência. O evento visa apresentar e avaliar atividades e resultados do Comitê de Apoio ao Paradesporto no Estado de São Paulo.
Curso Gratuito de Orientação e Mobilidade
No próximo dia 19, inicia-se na Sede da Associação LARAMARA, o curso de Extensão Universitária em Orientação e Mobilidade. Fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, a Associação LARAMARA, a FATEC Zona Sul e a Fundação de Apoio à Tecnologia - FAT. A primeira aula irá contar com a presença da Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Doutora Linamara Rizzo Battistella.

Parques em São Paulo estão cada vez mais acessíveis
Alguns dos maiores parques da cidade de São Paulo, pensando na acessibilidade de seus frequentadores, contam agora com espaços inclusivos para pessoas com deficiência.




Expediente

Boletim Informativo da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência
Secretária de Estado: Dra. Linamara Rizzo Battistella.
Gestora do Núcleo de Comunicação Institucional: Maria Isabel da Silva
Elaboração e Emissão: Ricardo Tanoeiro
Contato: (11) 5212.3700.
Site: www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br
Facebook: http://www.facebook.com/deficiencia.sp
Twitter: http://twitter.com/deficienciasp

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Depoimentos - parte 1

Estou indignada com o noticiário. Ouvi essa semana que um cadeirante levou “coronhadas” porque discutiu com uma pessoa na que estacionou o carro em local reservado para pessoas com deficiência. Quer dizer, então, que, exigir os nossos direitos ou o cumprimento das leis é errado?
Nunca gostei de “fazer justiça com as próprias mãos”, mas também não levo desaforo para casa. Ademais, não acho certo entupir o judiciário com problemas domésticos. Pobre dos juizados especiais! : foram criados para trazer celeridade e terminaram lotados de ações que, muitas vezes, poderiam ser resolvidas com o diálogo.
Em minha modesta opinião, a falta de cumprimento das normas é tão-somente um desrespeito humano. Se as pessoas fossem mais tolerantes, menos egoístas e pensassem um pouco nos outros ao seu redor não seria necessário impor penalidades. A fiscalização e a punição existem por causa de nossas próprias falhas humanas. Não sou revolucionária, nem rebelde sem causa. Não incentivo que todos saiam se agredindo e exigindo seus direitos. Não. Mas incentivo que todos se indignem, não aceitem injustiças e que lutem com calma, paciência e equilíbrio. Costumo dizer que meu objetivo é revolucionar sem barulho, sem quebrar tudo, só lapidando o que for preciso e urgente.
Enfim, esse é meu modo de ver e de viver a vida. Não sei se é o melhor, mas é a forma que encontrei para sobreviver em meio às dificuldades que a vida impõe a cada um de nós e é a forma que aconselho quem me procura pedindo ajuda.
Ano passado, por intermédio do Billy, dirigente da ONG Movimento Superação, recebi um e-mail de um rapaz chamado Tiago que mora na Bahia. O Tiago estava vivendo uma situação difícil e escreveu para o Billy pedindo ajuda. O e-mail parecia um pedido de socorro. Como o e-mail se tratava, dentre tantas questões, do descumprimento à lei de cotas para empregos de pessoas com deficiência nas empresas privadas, o Billy me repassou a mensagem pedindo que eu entrasse em contato com o autor da mensagem. Foi o que fiz.
Desde então, me correspondo com o Tiago via e-mail. Está complicado resolver os problemas jurídicos dele porque, como eu disse, ele reside na Bahia e eu em São Paulo. Há um problema com a competência jurídica territorial. Sem contar que A maioria das questões levantadas por ele eu também não consegui resolver nem para mim. Também luto contra o preconceito e por um lugar no mercado de trabalho. Estudo há mais de 20 anos para isso e não sei até quando precisarei estudar. As pessoas não têm ideia de quanto é sacrificante. Se é assim para todos, para uma pessoa com deficiência certamente o desgaste é maior.A única coisa diferente que pude trazer para ele e venho trazendo por e-mail são palavras de conforto. Tenho falado sobre mim e como saí da situação que ele me apresenta.
Não escrevo para trazer dor a ninguém. Não estou me lamentando de nada. Estou apontando uma realidade que deveria ser compreendida.
Então, para que todos se conscientizem desta realidade, decidi começar a postar aqui depoimentos de outras pessoas com deficiência para que fique claro que não somos rebeldes, nem nos colocamos na posição de vítima diante das dificuldades. Eu, particularmente, detesto que sintam pena de mim. Prefiro até a raiva. Como costumo afirmar sempre, eu não peço muito. Não quero ser milionária, nem grandes milagres. Não pretendo nada além de algo simples: respeito e compreensão coletiva, principalmente no tocante a diversidade. Somos únicos e diferentes e essa é a principal beleza da vida.
O primeiro depoimento escolhido foi o do Tiago. Pedi a ele que escrevesse um texto especialmente para este blog. Espero que a contribuição dele lhes ajude a refletir para mudarmos essa triste realidade.
Aproveito para agradecer ao Tiago por concordar e escrever este texto, apesar de sua exposição. Certamente ele fez isso com a esperança de que, num futuro, este depoimento seja apenas uma lembrança de um passado difícil, sofrido, mas já esquecido no tempo. Então, vamos ao texto:


“Meu nome é Tiago, Sou cadeirante paraplégico desde os 8 anos de idade, por conseqüência de uma esquistossomose na medula, desde então passei a conviver com o preconceito e descaso que sofrem nossa minoria, logo na minha infância vir a dificuldade que eu teria para estudar, alem depender sempre de carro e outras pessoas para chegar a escola sempre me deparava com a falta de acessibilidade delas, fui crescendo sempre com o apoio de minha mãe que em tudo sempre esteve do meu lado , sempre quis estudar direito, como em minha cidade não possui curso em direito, resolvi estudar administração, ao tempo que estudava para o vestibular sofria com a preocupação de como poderia pagar a mensalidade da faculdade, por varias vezes durante meus 18 anos como cadeirante, fiz a via cruzes que muitos deficientes percorrem em nosso pais , por mas de 20 vezes fui ao INSS em busca de um beneficio do governo para minha sobrevivência, em todas as pericias que passei a mesma resposta ( não estamos duvidando da sua deficiência, mas atestamos que você e capaz de trabalhar ) no meu intimo sabia que isso era verdade, a vontade de ser útil e ter uma ocupação para minha mente sempre falou mas alto e mesmo indo em busca do tal beneficio, nunca desistir de bater nas portas das empresas em busca de uma colocação no mercado de trabalho, mas que empresa ¿ minha cidade é bem pequena e até então não possuía empresas com mas de 100 funcionários , que se enquadravam na lei de cota.
Der repente uma luz brilhou no fim do túnel , em minha cidade se instalou uma empresa mineradora que possui cerca de mil funcionários, essa era minha tão sonhada chance, agora sim poderia pagar minha faculdade cuidar de minha filhinha de pouco mas de um ano, compra uma cadeira de rodas motorizada já que devido a mas de 18 anos tocando minha cadeira comum fiquei com uma lesão por esforço repetitivo (LER) e me foi aconselhado usar uma cadeira motorizado e sonhando um pouco mas quem sabe compra um carrinho usado e adaptá-lo, ou seja declara minha independência financeira, mas infelizmente a realidade não era essa ou melhor nem se parece com essa, comecei a ir nas empresas e percebi que alei existi sim porem não sai do papel, lá não havia pessoas com deficiência e disseram que não poderiam contratar devido ao grau de risco de sua atividade, o que não é verdade existem postos de trabalho na área administrativa, entre outros que qualquer PCD poderia ocupar,
Após muita briga questionamento e reuniões , poucos proveitosas denúncias insignificantes conseguimos fazer com que 3 ou 4 PCDs fossem, contratados, porem se apóiam em contratar pessoas com um grau de deficiência mas ”leve” por exemplo uma pessoas amputada do braço, deixando de fora os cadeirante cegos ou pessoas consideradas com um grau de deficiência mas elevado, ou seja uma discriminação discreta e uma forma bizarra de burla a lei, propomos varias formas de solucionarmos o problema, como a contratação das PCDs via cooperativa social prevista na lei 9.967\99, dentre varias outras apresentadas, nenhuma fui aceita, hoje encontro-me em extrema dificuldade minha mãe quem me ajudava financeira e fisicamente encontra-se acometida por um câncer de mama, já sem condições de me ajudar, e minha tão sonhada faculdade trancada. Não busco nada que não sejam meu por direito humanos simplesmente quero oportunidade para poder me manter como qualquer outro cidadão comum, não precisamos de novas leis precisamos de vontade política para juntos fazer com que as leis já existentes sejam cumpridas.”


Tiago Silva Santos reside em Itagibá, Bahia. É presidente do Centro de Vida Independente ( CVI) de Ipiau, BA e estudante do curso de Administração de Empresas.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Obrigada pelo incentivo

Apenas estou aqui para dizer que finalmente retornei de minhas férias completamente pronta para retomar minha vida e meus projetos, inclusive este blog.
Como estive fora, apenas hoje acessei o blog com calma. Para minha surpresa (boa, por sinal)me deparei com 2 comentários novos nos posts anteriores. Comentários de leitores até então desconhecidos para mim.Estou muito contente por perceber que o blog está servindo de incentivo para as pessoas, afinal, este é o sonho de qualquer escritor. O retorno de quem nos lê é o que nos alimenta a escrever mais.
Recebi neste início do ano comentários incentivadores dos meus posts e, mais do que isso,enriquecedores tanto para o blog como para minha vida. Agora sei a fonte de um texto de que gostava muito. Agradeço imensamente "Nay" e "Marília" pelos comentários. Espero que continuem lendo este singelo blog para me trazer esse retorno útil e carinhoso. MUITO OBRIGADA!!!!!!
Aproveito para agradecer a todos que acessaram meu blog em 2010 e que me apoiaram neste projeto que me dedico com todo o carinho e prazer. Prometo que, apesar da correria da rotina que se iniciará em breve, nunca abandonarei este projeto porque ele é meu incentivo e força para seguir em frente.
Aguardem as novas postagens....