sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Boas Festas!!!!!!!!!

Mais um ano se foi, um ano que saboreei diversas situações, tive os mais variados sentimentos. 2010 me representou um ano cheio de altos e baixos, de êxtase e angústias, de vários sentimentos misturados. Contudo, agora, ao cabo, percebo que este foi um dos melhores anos da minha vida. Embora não tenha acontecido nem metade dos meus planos da virada de ano passada, tive tantas surpresas (na maioria boas) que notei que nem sempre é bom sermos “senhores dos nossos destinos” e que “deixar a vida nos levar” pode ser um crescimento.
Neste ano, posso não ter sido aprovada (ainda) no concurso que tanto espero mas fiz uma renovação em meu interior deixando o passado para trás e me preocupando com o presente, tive bons momentos ao lado da família, fortaleci meus laços de amizade eterna, conheci novos amigos encantadores que me ensinaram muito, iniciei este blog que muito me alegra, vez que realizo meu sonho de ser “escritora” e trabalhei para ajudar as pessoas, algo que sempre sonhei, mas que ainda não tinha tido oportunidade.
Cresci e amadureci muito em 2010 e só consegui tudo isso porque tive vocês (família e amigos) ao meu lado me apoiando, me auxiliando e me aconselhando. E é por isso e muito mais que aproveito a oportunidade para lhes AGRADECER o carinho, a amizade, a confiança e tudo que me proporcionaram neste ano. Sei que alguns permanecerão comigo nesta estrada da vida enquanto outros me deixarão nesta estação. Mas, TODOS QUE PASSAM POR MINHA VIDA SÃO IMPORTANTÍSSIMOS E ESPECIAIS PARA MIM, fazendo parte de minhas lembranças e memória. Afinal, sempre deixam um pouquinho de si e levam um pouquinho de nós.
Seguir em frente não significa apagar o passado, mas sim, continuar em frente levando o que aprendemos sem tristeza ou saudosismo, é juntar nossas experiências numa caixinha e levá-la sempre conosco. Saibam que a minha é repleta de gratas lembranças.
Desejo a todos: familiares, amigos, colegas ou leitores do meu blog um natal cheio de felicidades e esperanças e que o presente seja um ano novo repleto de novidades, surpresas e bons fluídos para vocês e para quem vocês amam.
Acho que este será o último post de 2010. Mas em janeiro de 2011 estarei de volta com muitas novidades para contar e com nova estrutura, já que estou me aperfeiçoando como blogueira.Rs... Aproveito o ensejo, para agradecê-los pelo acesso, pela divulgação. Continuem lendo e divulgando e não se esqueçam de me enviar críticas e sugestões porque o blog é para vocês.
FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO!!!!!!!!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Reportagem do Fantástico

Ontem, o Programa Fantástico mostrou, mais uma vez, as dificuldades encontradas por pessoas com deficiência para se deslocar por meio do transporte público. Apesar de tantas leis tratando do tema, falta muito a ser feito, infelizmente.
Vale a pena assistir ao video:



Aproveito para agradecer, mais uma vez, ao Billy Saga, idealizador da ONG Movimento Superação já apresentado neste blog, por participar da reportagem representando a todos nós, cadeirantes como ele, e a Rede Globo por se preocupar com a causa.Muito Obrigada!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Homofobia e preconceito

Desculpem-me o sumiço do blog. Acontece que estou tirando uns dias de descanso de tudo para um retiro espiritual, um período de reflexão para recarregar as energias para 2011. Contudo, continuem visitando o blog, abandonado ele nunca estará.Rs...
Hoje queria discutir um assunto que vem me intrigando por algumas semanas, mas que não escrevi antes porque ainda não tinha encontrado a inspiração necessária para tanto. Ontem, porém, lendo um post do meu querido amigo-irmão Robson, senti que precisava exteriorizar o que penso a respeito.
Como todos sabem, o objetivo maior deste blog é tratar de questões ligadas às pessoas com deficiência e inclusão social, já que a maioria dos posts trata desta temática. Porém, vale a pena ressaltar que o escopo maior deste blog é a gradual eliminação de preconceitos e o alcance de uma inclusão social plena entre as pessoas em sua diversidade.
Os meios de comunicação têm noticiado muito ultimamente sobre a homofobia. Estudantes, jovens e adolescentes que agridem homossexuais nas ruas sem qualquer explicação. Não compreendo como pode haver um comportamento tão retrógrado em uma sociedade dita “evoluída”. Na verdade compreendo sim. Percebo que evoluímos técnica, científica e economicamente, mas no campo social retrocedemos aos primórdios.
No campo jurídico, estamos na época da valorização dos Direitos Humanos, nossa Constituição preza por princípios nos quais a dignidade da pessoa humana alcança a ponta da pirâmide, todavia, a sociedade ainda não está preparada para aplicar tais princípios. Isso porque o que nos falta não se ensina nas escolas nem nas academias universitárias. O ser humano está completamente carente de alicerces básicos que nos une e traz a paz: amor, compreensão e solidariedade.
Antes de apontarmos ou julgarmos aos outros devemos julgar nossas próprias atitudes. Devemos nos conscientizar de que nossos conceitos morais não são verdades universais e que todos nós somos imperfeitos e, portanto, não temos o direito de afirmar que o correto é o que pensamos.
Ademais, creio que a diversidade é uma das maiores maravilhas da natureza. Deus foi sábio ao criar o ser humano. Se todos fossem iguais ou semelhantes, pensassem da mesma forma, gostassem das mesmas coisas, se comportassem de maneira semelhante e usassem as mesmas roupas a vida perderia o total sentido porque seria uma monotonia sem fim.A inteligência está em compartilhar e aprender com os outros.
Somos física e psicológicamente diferentes: uns tem olhos azuis, outros castanhos; uns são loiros, outros morenos; uns carecas, outros cabeludos, uns caminham com os pés, outros em cadeiras de rodas e, por que não?, uns gostam de mulher, outros de homem, sem se importar se pertence ao mesmo sexo ou do oposto. A questão é simples assim. As crianças são capazes de entender isso mais facilmente porque pensam exatamente da forma como descrevi, de forma natural, sem acrescentar regramentos morais que, em sua maioria,são mal utilizados servindo para excluir as pessoas.
Quem lê este texto deve estar pensando que sou aquele tipo “rebelde sem causa” que vive do prazer de contestar tudo e todos, fazer escândalos, contrariar normas, etc.... Já garanto que isto é um engano. Sou formada em Direito porque sou apaixonada pelas normas, mais do que isso, pelo seu FIEL CUMPRIMENTO. Sou defensora da Constituição Federal e sua aplicabilidade. Sou embebida de fé e religiosidade. Prezo a honestidade, a lealdade, a amizade e a solidariedade e esta é a razão maior da minha luta. Só que não se pode olvidar que para tanto é necessário muito preparo para que a lei, as regras morais e os princípios sejam utilizados para agregar, para trazer amor e harmonia entre as pessoas.
Quem me conhece sabe muito bem que eu sou defensora, também, dos direitos dos homossexuais. Penso que eles devem ser reconhecidos como parte da sociedade e ter o mesmo tratamento que qualquer pessoa. Defendo o reconhecimento do casamento gay ou ao menos da união estável homoafetiva e da adoção de crianças por casais homossexuais. Mas, antes de tudo, sou defensora de que esta parcela da população seja respeitada e que possa andar livremente pela rua sem ser agredida.
A vida me fez pensar assim. Não só em decorrência de minha deficiência, mas também por ter como um dos meus melhores amigos um gay. Ele é meu amigo desde quando ainda nem ele sabia que era homossexual, quando nós dois – eu e ele – descobríamos o que era a sexualidade, por sermos adolescentes. Podíamos não saber direito quem éramos, mas já éramos alguém e éramos nós mesmos. Meu irmão de coração e espírito sempre foi quem é hoje, sempre foi sensível, amigo, companheiro, divertido, desafiador e todas as qualidades que descrevi em um dos meus primeiros posts deste blog. Ser gay é apenas uma de suas características, nem mais nem menos.
Portanto, com ele aprendi a respeitar TODAS AS DIFERENÇAS e a respeitar as pessoas como são. Meus amigos dizem que uma de minhas principais qualidades é deixar as pessoas serem quem são e respeitá-las. Modéstia parte eu concordo. E sonho que um dia todos aprendam a respeitar a diversidade ao seu redor.
Encerrarei o post dizendo que devemos combater a homofobia. Esse pensamento ultrapassado e preconceituoso já escravizou negros, já conduziu judeus, homossexuais e pessoas com deficiência a campos de concentração. O pior é que todas essas atrocidades eram realizadas em nome de Deus, da moral e dos bons costumes. Definitivamente, essa não é a moral pregada por Jesus e certamente ele deve ter se sentido ofendido assistindo tudo isso dos céus. A Biblía nos ensina a amar uns aos outros, os princípios morais nos ensinam a respeitar o outro acima de tudo e assim é que deve ser.
Se você é homossexual ou sofre qualquer tipo de preconceito, seja você mesmo e exija respeito respeitando as pessoas. Se não o é e nem sofre preconceito, respeite a todas as pessoas, inclusive o diferente. Seja contra a homofobia e o preconceito!!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Eu e a Vida

No dia de hoje, tudo que me vem a cabeça se resume nessa música maravilhosa:

EU E A VIDA
Jorge Vercilo
Composição: Jorge Vercillo

Vem me pedir
além do que eu posso dar
É aí que o aprendizado está
Vem de onde não sonhei
me presentear
Quando chega o fim da linha
e já não há aonde ir
Num passe de mágica
A vida nos traz sonhos pra seguir
Queima meus navios
pr'eu me superar
as vezes pedindo
que ela vem nos dar
o melhor de si

E quando vejo,
a vida espera mais de mim
mais além, mais de mim
O eterno aprendizado é o próprio fim
Já nem sei se tem fim
De elástica, minha alma dá de si
Mais além, mais de mim
Cada ano a vida pede mais de mim
mais de nós, mais além

Vem me privar pra ver
o que vou fazer
Me prepara pro que vai chegar
Vem me desapontar
pra me ver crescer
Eu sonhei viver paixões, glamour
Num filme de chorar
Mas como é Felini, o dia-a-dia
Minha orquestra a ensaiar
Entre decadência e elegância,
zique-zaguear
Hoje, aceito o caos.

E quando vejo,
a vida espera mais de mim
mais além, mais de mim
O eterno aprendizado é o próprio fim
Já nem sei se tem fim
De elástica, minha alma dá de si
Mais além, mais de mim
Cada ano a vida pede mais de mim
mais de nós, mais além.

Composta por Jorge Vercillo, a música retrata muito sobre mim. Espero que tenham gostado!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Minhas minisséries: parte 01: Chiquinha Gonzaga

Eu sou uma noveleira assumida. Acredito que, se a assistirmos com consciência de que se trata de um romance e não de realidade, elas podem nos ensinar a enxergar a realidade de forma romântica. Também há temas e novelas que se preocupam em mostrar, por meio da ficção, uma realidade, um apelo, uma mensagem, etc... Porém, é preciso de inteligência e muita sensibilidade para captar essa intenção do autor. Humildemente, me considero capaz de captar muito de tudo que assisto leio ou ouço, minha mente vai além do que está escrito, vou imaginando situações, criando ideias, associando a outras e assim por diante. Mesmo em textos técnicos busco exemplos que concretizem ou transformem aquelas palavras. Enfim, sou assim desde que me entendo por gente.
Na adolescência, passei a me encantar pelas minisséries. Apesar de apoiar as novelas, acho que as minisséries têm uma qualidade ainda maior, primorosa mesmo. Seja na escolha do tema (sempre com um propósito maior do que um mero entretenimento) como no figurino, direção, etc. O que sei é que tivemos minissérieries transmitidas pela televisão com qualidade de 1º mundo. E o melhor: normalmente sobre temas nacionais. Pena que elas costumam ser apresentadas muito tarde da noite, dificultando quem acorda cedo como eu.
Sorte que hoje podemos encontrá-las em DVD ou pelo youtube, um grande auxílio para quem queria assistir, mas o sono não permitiu.
A primeira minissérie que me despertou interesse e que venho reassistindo é a história de Chiquinha Gonzaga. Chiquinha foi uma grande compositora de chorinho e modinha brasileiros, com obras de inegável qualidade. Contudo, sua história magnífica é essencial para compreender e poder sentir sua obra.
A compositora nasceu artista. Sim, porque como afirmou o, também compositor e tocador de flauta, Joaquim Calado, em um dos capítulos, artista é quem se arrisca na vida, que não tem medo de nada, que não gosta nem aceita a estabilidade de uma rotina. Artista é quem “sente a vida em todos os seus momentos".
Chiquinha foi isso mesmo: jogou fora um casamento e uma vida cheia de regalias na Corte do Rio de Janeiro da era colonial, lutou pelo amor de um boêmio das noites cariocas, insistiu em compor música brasileira ao invés de tocar em seu piano os grandes compositores da música erudita (Choppin, Bethoven, etc.). Ela mesclava em suas melodias a harmonia da música erudita tocada na Corte com o som africano para marcar ainda mais nossas raízes nacionais.
No aspecto político, Chiquinha Gonzaga apoiou os abolicionistas da época e lutou em prol da liberdade dos escravos negros do país. Filha de uma negra, ex-escrava que conseguiu sua liberdade por meio do casamento com um Major, a menina Francisca nunca se conformou com a escravidão. Até sua mãe aceitava as convenções da época dizendo ser a escravidão um “destino traçado por Deus”, mas a filha não. Lutou e brigou contra tudo e todos por seus ideais.
Ainda bem que existiram pessoas como Chiquinha Gonzaga. Artistas que nasceram para nos mostrar a vida fora dos trilhos, das regras, das imposições e – por que não? – das leis. Claro, quando a lei for injusta, tal qual era a que apoiava a escravidão nos tempos do Brasil colônia. Essa brilhante compositora nos deixou como maior legado sua música e, através dela, uma verdadeira lição de vida.
Recomendo que, no tempo livre, os queridos leitores procurem conhecer a biografia de Chiquinha Gonzaga ou, se assim preferirem, assistam a minissérie escrita por Lauro César Moniz, dirigida por Jayme Monjardim. Com Gabriela Duarte e Regina Duarte no papel principal, transmitida em 1999 pela Rede Globo.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Virada Inclusiva

O Evento

A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência tem por finalidade o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à população com deficiência e suas famílias.

Neste ano de 2010, decidiu-se por celebrar de forma genuinamente inclusiva o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência - 3 de dezembro, com o evento "Virada Inclusiva: Participação Plena", em parceria com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo, numa conjugação de esforços, apoio técnico e logístico.

O evento constitui uma série de shows, palestras, oficinas, apresentações, mostras teatrais, exposições, gincanas e demais manifestações de arte, cultura, esporte e lazer em uma variada gama de lugares em diversos municípios do estado de São Paulo. As atividades acontecem entre os dias 03 e 04 de dezembro, contando com mais de 24 horas de diversão inclusiva e informação com participação plena de todos os cidadãos.

As ações constituem um esforço conjugado de outras Secretarias e esferas da administração pública do Estado e Município de São Paulo e da sociedade civil organizada, também contando com a participação voluntária de pessoas e grupos do mundo artístico e esportivo, de forma a garantir a mobilização necessária dos recursos imprescindíveis à realização do evento.

A preocupação em garantir o pleno exercício da cidadania e a inclusão social de todas as pessoas, com e sem deficiência, como forma de intensificar os laços de igualdade de direitos, tem como força motriz o desejo de dar base a uma sociedade verdadeiramente democrática e inclusiva.
A"Virada Inclusiva: Participação Plena" só será possível com a participação de todos.

Contamos com sua presença!

PROGRAMAÇÃO NA CAPITAL

Dia 03 de dezembro

Local Horário Atividade
Lar Escola São Francisco
Rua dos Acores, 310 – Jd Lusitania
Contato: Flávia Varga (Flavia.varga@lesf.org.br – tel.5904.8024).
08:00 às 17:00 - Avaliação odontológica, para as pessoas com deficiência com agendamento
Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência – SEDPcD
Rua Auro Soares de Moura Andrade, 564 – Portão 10 – Barra funda
(Memorial da América Latina – ao lado do metrô Barra Funda)
09:00 - Abertura da Virada Inclusiva - Inauguração do Painel da Secretaria
10:00 às 17:00 - Atendimento e visita à unidade movél da Rede Lucy Montoro
13:00 - Apresentaço de Capoeira - AACD
13:30 às 14:30 - Oficina de Artes de Cartões (Associação Nosso Sonho)
- Confecção do Jornal (Associação Nosso Sonho)
- Apresentação de Tecnologia Assistiva (Associação Nosso Sonho)
14:00 - Oficina de Música (Grupo Quebra-Cabeça)
15:00 às 16:00 - Oficina de Artes de Cartões (Associação Nosso Sonho)
- Confecção do Jornal (Associação Nosso Sonho)
- Apresentação de Tecnologia Assistiva (Associação Nosso Sonho)
16:00 - Apresentação Companhia de Dança - Casa André Luiz
- Apresentação Músical na Unidade Móvel com intérprete de Libras - (Musico Cícero Fornari)
18:00 - Exibição do Curta "Eu não quero voltar sozinho"
- Vivência e Debate (Mais Diferença)
Fórum do Juizado Especial Federal
Av. Paulista, 1.345 09:00 - Coral de Musica (AVAPE)
10:30 - Mesa Redonda Temas: Perícia, Reabilitação e Conceito de Pessoa com Deficiência na Lei de Orgânica da Assistência Social.
- Público: Geral (há necessidade de confirmar presença)
CIAM JAGUARÉ (Aldeia da Esperança)
Rua Irmã Pia, 78 – Jaguaré
Público: Geral 09:00 às 11:30 - Jogos Pedagógicos Adaptados, Exposição de Fotos/Trabalhos, Oficina de Beleza e Bazar
09:30 - Aula de Expressão Corporal
10:00 - Futebol: CIAM X Gol de Letra
- Palestra "Inclusão da Pessoa com Deficiência Intelectual no Mercado de Trabalho"
10:30 - Futebol Inclusivo
13:30 às 16:30 - Alogamento
- Jogos Pedagógicos Adaptados
- Exposição de Fotos/Trabalhos
- Oficina de Beleza e Bazar
- Capoeira
- Palestra "Desafios da Educação Inclusiva"
- Ginástica
- Dança Circular e Percussão
Laramara
Auditório da Laramara
Rua Conselheiro Brotero, 338
Inscrições
Tel: (11)3660-6427
E-mail: cursos@laramara.org.br 9:00 às 17:00 - IX Semana de Orientacção Profissional
Av. Paulista, 2073 - Térreo 10:00 às 17:00 - Exposição Tecnologia Assistiva
Organizado Pela Laramara - Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual
Estação Sé do Metrô 10:00 às 15:00 - Associação Amigos Metroviários dos Excepcionais (AME)
- Apresentação musical da cantora cega Giovanna Maira (apresentações intercaladas com duração aproximada de 25 minutos cada).
- Ponto de captação de curriculum de pessoas com deficiência.
- Panfletagem de material, abordando temas como inclusão e acessibilidade.
11:00 - Teatro Pombas Urbanas
13:00 às 18:00 - Desmostração de Pintura com a boca e/ou pés
Estação Tamanduateí do Metrô 09:00 - Visita de alunos do município de São Caetano do Sul, de seis associações, as obras de arte dos metros Tamanduatí e Vila Prudente.
Correio
Av. São João S/N 12:00 - Coral (ADEVA)
Estação Brás da CPTM 10:00 às 15:00 - Associação Amigos Metroviários dos Excepcionais (AME)
- Espaço com cadeiras de quick-massage e serviços de massagens realizadas por deficiente visual para a população em geral.
- Divulgação de treinamento de acessibilidade realizado em parceria com a CPTM para adequado atendimento de usuário com deficiência ou com mobilidade reduzida.
- Ponto de captação de curriculum de pessoas com deficiência.
- Panfletagem de material, abordando temas como inclusão e acessibilidade.
Colégio São Luís
Rua Haddock Lobo, 400
Público: Alunos do Colégio São Luís 10:00 - Apresentação de Balé Classico (Aline Fávero)
13:30 - Apresentação de Balé Classico (Aline Fávero)
Parque Ibirapuera 9:30 às 16:00 - Pintura ao vivo e Exposição de quadros (Pintores com a boca e os pés)
Marquise do Pq. Ibirapuera, ao lado do MAM
10:00 às 12:00 - Oficina de Pintura com Maria Goret Chagas (Pintores com a boca e os pés)
Turma de até 20 pessoas
Inscrições pelo telefone: (11) 5051-1008
Sala de Oficinas Educativas do MAM
10:30 às 12:30 - Museu Afro Brasil - Visita Orientada com Oficinas de artes
Público: Pessoas com Deficiência Auditiva
14:00 às 16:00 - Museu Afro Brasil - Visita Orientada com Oficinas de artes
Público: Pessoas com Deficiência Auditiva
- Oficina de Pintura com Maria Goret Chagas (Pintores com a boca e os pés)
Turma de até 20 pessoas
Inscrições pelo telefone: (11) 5051-1008
Sala de Oficinas Educativas do MAM
ZOOLÓGICO
Av. Miguel Stéfano, 4.241 – Água Funda 10:00 e 11:00 - Visita Monitorada no ZOOLÓGICO
Público: Deficientes Visuais (2 Grupos de 20 pessoas cada / Inscrição Prévia)
14:00 - Visita Monitorada no ZOOLÓGICO
Público: Deficientes Visuais (2 Grupos de 20 pessoas cada / Inscrição Prévia)
16:00 - Visita Monitorada no ZOOLÓGICO
Público: Deficientes Visuais (2 Grupos de 20 pessoas cada / Inscrição Prévia)
Parque Villa Lobos
Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 2.001 - Alto de Pinheiros 15:00 - Show SOS Ambiental (Atitude Paradesportiva)
16:00 - Primeiro passeio sobre rodas não motorizadas (Atitude Paradesportiva)
MUSEU DE ARTE SACRA – MAS
Av. Tiradentes, 676 (Próximo ao metrô Tiradentes) até às 19h
Público: Geral 11:00 às 19:00 - Visita Monitorada com alguns recursos de acessibilidade.
Agendamento - (11:00/13:00/15:00/17:00)
14:30 e 16:30 - Contadores de Histórias e Visita Sensorial
Vão Livre do MASP - Av. Paulista 12:00 - Apresentação de Cães Terapia (AVAPE)
Aeroporto Cumbica
Av. Jamil João Zarif - Guarulhos (Acesso Via Dutra e Rod. Airton Sena da Silva Km 30)
Aeroporto Congonhas
Av. Washington Luís - Campo Belo 14:00 - Lançamento Memorial da Inclusão - Itinerante I
Instituições abertas à visitação – Público Geral
DORINA NOWIL
Rua: Dr. Diogo de Faria, 558 – Vila Clementino 09:00 as 17:00 - OPEN DOOR
LARAMARA
Conselheiro Brotero, 338 – Santa Cecília 09:00 as 17:00 - OPEN DOOR
LAR ESCOLA SÃO FRANCISCO
Rua dos Acores, 310 – Jd Lusitania 29/11 a 03/12 - Na semana do dia 29 de novembro até o dia 03 de dezembro, avaliação dentária para as pessoas com deficiência, com agendamento prévio.
Responsável: Flávia Varga (Flavia.varga@lesf.org.br – tel.5904.8024).
MUSEU DA BÍBLIA
Av. Sebastião Davino dos Reis, 672 – Vila Porto – Barueri / SP
Público: Geral 18:30 - OPEN DOOR
Transporte gratuito com 24 vagas. Saída e retorno daqui da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Av. Auro Soares de Moura Andrade, 564, portão 10)
Horários
10h30 – Saída do Memorial da América Latina – Metrô Barra Funda
11h00 – Visita ao Museu da Bíblia em Barueri
(Av. Pastor Sebastião Davino dos Reis, 672 - Vila Porto - Barueri - SP)
13h00 – Confraternização com Lanche
15h00 – Distribuição de materiais da SBB e Encerramento
15h30 – Retorno para Memorial da América Latina – Metrô Barra Funda
Dia 04 de dezembro
Local Horário Atividade
Parque Villa Lobos
Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 1205 - Alto de Pinheiros 09:00 às 12:00 Gincana Maluca Sobre Rodas (ONG Atitude Paradesportiva)
Público: Geral. Participarão das atividades a dupla ou trio que em sua formação contenham, no mínimo, uma pessoa com meio de transporte contendo rodas: bicicleta, patins, skate, patinete, cadeira de rodas, etc.
9:30 às 16:00 - Pintura ao vivo e Exposição de Quadros (Pintores com a boca e os pés)
10:30 às 12:30 - Oficina de Pintura com Daniela Cristina Caburro (Pintura com a boca)
Turma de até 20 pessoas
Inscrições pelo telefone: (11) 5051-1008
Espaço Vida no Pq. Villa Lobos
14:00 às 16:00 - Oficina de Pintura com Daniela Cristina Caburro (Pintura com a boca)
Turma de até 20 pessoas
Inscrições pelo telefone: (11) 5051-1008
Espaço Vida no Pq. Villa Lobos
Auditório do MASP
Av.Paulista
Público: Geral (Pré-Credenciamento de grupos de pessoas com deficiência intelectual, auditiva, física e visual com Ana Beatriz – tel 5212.3764) 11h00 às 13:00 - Curso/Palestra História da Arte
MUSEU DE ARTE SACRA – MAS
Av. Tiradentes, 676 (Próximo ao metrô Tiradentes)
Público: Geral 11h00 à 19:00 - Visita Monitorada com alguns recursos de acessibilidade
- Contadores de Histórias e Visita Sensorial
Da Praça da República até Vale do Anhangabaú
Público: Geral 11h00 - Passeata ONG SUPERAÇÃO / ONG MAIS DIFERENÇA
Da Estação Paraíso do metro até Vale do Anhangabaú
Público: Geral 11h00 - Pedalada "Vamos em Sinais"
Parque Ibirapuera 9:30 às 16:00 - Pintura ao vivo e Exposição de quadros (Pintores com a boca e os pés)
Marquise do Pq. Ibirapuera, ao lado do MAM
14:00 às 16:00 - Oficina de Pintura com Maria Goret Chagas (Pintores com a boca e os pés)
Turma de até 20 pessoas
Inscrições pelo telefone: (11) 5051-1008
Sala de Oficinas Educativas do MAM
Vale do Anhangabaú
Público: Geral 13:00 - Show ONG SUPERAÇÃO / ONG MAIS DIFERENÇA (NXZERO e outros)19h00 - Show de Encerramento Luís Melodia, Baby Brasil e Quebra-Cabeça
Centro Cultural Banco do Brasil
Rua: Álvares Penteado, 112 - Sé 15:00 - Mostra de Cinema Nacional - Legendado e Audiodescritivo
Filme: Budapeste
Classificação: 16 anos
Tel: (11) 3031-4681/8718-7997 (Trata com Luciana)
O CCBB este ano também oferece ônibus para busca os espectadores em suas instituições, mediante pré-agendamento através do E-mail: lucimit@ig.com.br
Oficina Cultural Oswald de Andrade
R: Três Rios, 363 - Bom Retiro
Tel: (11) 3221-5558 - (11) 3222-2662 e pelo (11) 3081-9300 (Maria Lúcia no Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural à Definir - Exposição de Arte: "Pintou a Sindrome do Respeito"
Do Ponto de Cultura Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural

Fonte: Todo o texto foi extraído do site da Secretaria da pessoa com deficiência e mobilidade reduzida.
Observação: para mais informações consulte o site da Secretaria da Pessoa com deficiência: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/pessoa_com_deficiencia/

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Semana Nacional da Conciliação

Conforme o prometido, transcreverei hoje a notícia publicada no site do G1 a respeito da Semana Nacional da Conciliação:

SEMANA NACIONAL DE CONCILIAÇÃO DEVE ATENDER 15 MIL PESSOAS EM SP!

Expectativa é que 6 mil audiências sejam realizadas até sexta-feira.
Evento acontece no Memorial da América Latina, na Zona Oeste.
Mais de 6 mil audiências de conciliação deverão ser realizadas entre esta segunda-feira (29) e sexta (3), durante a Semana Nacional de Conciliação. O evento acontece no Memorial da América Latina, na Zona Oeste de São Paulo.
Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a expectativa é que aproximadamente 15 mil pessoas sejam atendidas pelas Justiças Federal, Estadual e do Trabalho durante os cinco dias, em duas tendas.
Cerca de 300 pessoas trabalharão durante a semana. O acesso ao Memorial da América Latina é facilitado pela proximidade com a estação Barra Funda do Metrô e com diversos pontos de ônibus.
O desembargador federal Antonio Cedenho, coordenador do Gabinete da Conciliação do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, disse esperar que o evento promova a cultura da conciliação e da paz social, além da solução rápida de processos.


Então, se você tem alguma pendência judicial, procure um conciliador. Se você conhece alguém que tenha processos na Justiça, recomende a ele a conciliação. Conciliar é a melhor maneira de resolver os problemas, acredite!
“O fim do Direito é a paz.” (Ihering)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Passeata Movimento Superação

Uma das atrações da “Virada Inclusiva é a 7ª edição da Passeata organizada pelas ONGs Movimento Superação e Mais Diferenças. Uma passeata muito importante que já proporcionou importantes benefícios para a acessibilidade das pessoas com deficiência, vez que auxiliou na reforma da Av. Paulista, hoje, exemplo de acessibilidade na América Latina.
Para quem não conhece o Movimento Superação, transcreverei o texto que escrevi para minha monografia de pós-graduação:


“ATUAÇÃO DO TERCEIRO SETOR: Movimento Superação
1. Histórico
O Movimento Superação surgiu da união de jovens com e sem deficiência que sentiram a necessidade de alertar a sociedade sobre a importância da inclusão das pessoas com deficiência em seu mecanismo social.
Apesar de o Brasil ter um amplo leque de leis que asseguram os direitos dessa parcela da população, essas leis não são cumpridas, segregando as pessoas com deficiência do contexto social do país.
A missão do Movimento Superação é promover a defesa dos direitos e o exercício da cidadania das pessoas com deficiência, através de eventos socioculturais.
Em 2003, Billy (paraplégico devido a um acidente de moto) decidiu se mobilizar e representar os aproximadamente 15% da população brasileira (quase 25 milhões de pessoas) que vivem marginalizadas por barreiras arquitetônicas e atitudinais.
A estratégia adotada foi realizar uma passeata na Avenida Paulista, cartão postal do país. Um manifesto pacífico que ocorre em forma de uma caminhada que partia da Praça Oswaldo Cruz (Metrô Paraíso) rumo ao vão livre do MASP e que se encerrava com shows e apresentações artísticas. O evento acontece desde 2004 e se tornou uma tradicional celebração do dia mundial pela luta das pessoas com deficiência (03 de dezembro).
Rumo à sétima passeata, o Movimento Superação acredita que essa será a maior de todas até então. Afinal, após cinco anos de persistência, o movimento conseguiu tornar essa avenida, tão importante ao progresso da cidade, totalmente acessível às pessoas com todos os tipos de deficiência, como já anteriormente falado, na entrevista com a Vereadora Mara Gabrilli.
O próximo passo será a busca de mudanças em outras partes da cidade e em outros setores da sociedade, como escolas, hospitais e transporte público, fazendo da inclusão um fato concreto e não só pauta de marketing social e político.
Além da passeata anual, que estendeu sua área de atuação para Argentina, Rio de Janeiro e Porto Alegre, o Movimento Superação mantém outros projetos voltados à inclusão e ao exercício da cidadania das pessoas com deficiência.

2. Um pouco sobre o Billy

Willian Coelho, conhecido internacionalmente como “Billy”, sofreu grave acidente de moto causado por um carro da Polícia Militar, conduzida por um policial com a carta vencida que, ao passar pelo farol vermelho, o atropelou na Rua da Consolação, na cidade de São Paulo.
Depois de um longo processo de recuperação, a vontade de mudanças foi, nas próprias palavras de Billy, “o que me fez ressurgir das cinzas naqueles dias onde tudo parecia não ter mais sentido”.E esse foi o principal motivo que o fez criar o Movimento Superação.
O Billy também faz parte de um grupo de teatro, a Oficina dos Menestréis, trabalho que ele considera incrível por ter aprendido muita coisa importante para sua vida.
Outra atividade praticada por ele é o projeto musical intitulado “Saga” como ferramenta de sensibilização social. Para Billy, a arte - e principalmente a música – tem poder mágico de transformação e fomento de mudanças nos valores humanos.
Em meio a tantos projetos, Billy trabalha há um ano em uma grande Ong, A Mais Diferenças, em projetos culturais inclusivos.

3. Produtos
Os projetos do Movimento Superação são custeados através da verba arrecadada na venda de produtos, tais como: camisetas, Squezes, CD´s, adesivos, etc., disponíveis no “Bazar virtual” no site do movimento. ”


A sétima passeata será dia 04 de dezembro de 2010 (sábado). As pessoas que quiserem participar devem se encontrar às 11 horas na Praça da República cuja saída, prevista para às 12 horas, objetiva chegar ao Vale do Anhangabaú. No Vale, acontecerão shows em comemoração ao Dia Internacional da pessoa com deficiência a partir das 13horas até às 19 horas com os seguintes artistas: DJS Unidos, Banda Carreira, Juliana Caldas, Projeto Tupã, Rincon Sapiência, Manu Gavassi e NXZero.
Infelizmente, eu não poderei participar da passeata. Contudo, espero que, quem puder, participe. O evento é organizado e visa mobilização em prol da inclusão social e da acessibilidade. Desejo a todos uma ótima passeata e agradeço ao Billy e ao Movimento Superação pela iniciativa. Certamente, a cidade de São Paulo mudou muito após essa passeata. Estou na torcida para as novas mudanças: BOA SORTE, SUPERAÇÃO!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

A Chegada de Dezembro

Eu sempre disse que o mês de dezembro é o melhor do ano, né? Rs...Eu não poderia ter escolhido melhor mês para nascer. Em dezembro encontramos o Natal ( data muito especial para mim. Eu comemoro o Natal todos os anos reunida com a família) e a festa de ano novo (que muito me agrada, já que é o momento em que renovamos nossa esperança e desejo de um ano melhor e de uma vida feliz).
Como se não bastassem essas duas datas especiais em que as pessoas se reúnem e se confraternizam, eu nasci um pouquinho antes das festas, mas ainda em dezembro, no dia 09. O que tornou o mês ainda mais significativo para mim. Quando chega dezembro, fico sempre feliz.
E, neste ano de 2010, tenho ainda mais motivos para comemorar o calendário. Descobri que, nesta semana, comemoramos DOIS ASSUNTOS de essencial relevância social e de extrema importância para mim, já que tem muita ligação com minha vida:
A primeira comemoração é que esta semana estamos na semana da conciliação. Então, todos aqueles que têm processos parados na justiça, podem optar pela conciliação e extinguir o processo. Para quem não soube, eu fui conciliadora no juizado especial do Mackenzie em 2005. Adorava a função e aprendi muito lá. O principal ensinamento foi o de que entrar em acordo é a melhor solução porque “todo mundo sai ganhando e ninguém sai perdendo”, enquanto que em uma decisão judicial, um “vence” e outro “perde”, ou seja, as duas pessoas permanecem em conflito, já que a justiça foi a favor de um só.
Os métodos alternativos para decidir um conflito (conciliação, mediação e arbitragem) bem como as técnicas de negociação têm ganhado cada vez mais espaço no Poder Judiciário. Um procedimento que teve início com o simples objetivo de diminuir o número de processos, hoje é visto como uma busca da paz social em detrimento da batalha judicial. Nos próximos posts prometo explicar melhor sobre a conciliação. Apenas queria divulgar que esta semana ela é mais facilitada porque o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está fazendo campanha.
A segunda data comemorada é o DIA INTERNACIONAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA. Data esta comemorada no dia 03 de dezembro, neste ano, na próxima sexta-feira. Eu sabia da data há algum tempinho, mas, o que descobri recentemente foram as manifestações que decorrem dela. A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida promoverá nos dias 03 e 04 de dezembro deste ano a “Virada inclusiva- Participação plena”. O próprio site da Secretaria explica em que consiste o evento:

“O evento constitui uma série de shows, palestras, oficinas, apresentações, mostras teatrais, exposições, gincanas e demais manifestações de arte, cultura, esporte e lazer em uma variada gama de lugares em diversos municípios do estado de São Paulo. As atividades acontecem entre os dias 03 e 04 de dezembro, contando com mais de 24 horas de diversão inclusiva e informação com participação plena de todos os cidadãos.
As ações constituem um esforço conjugado de outras Secretarias e esferas da administração pública do Estado e Município de São Paulo e da sociedade civil organizada, também contando com a participação voluntária de pessoas e grupos do mundo artístico e esportivo, de forma a garantir a mobilização necessária dos recursos imprescindíveis à realização do evento.
A preocupação em garantir o pleno exercício da cidadania e a inclusão social de todas as pessoas, com e sem deficiência, como forma de intensificar os laços de igualdade de direitos, tem como força motriz o desejo de dar base a uma sociedade verdadeiramente democrática e inclusiva.
A"Virada Inclusiva: Participação Plena" só será possível com a participação de todos. “( fonte: http://www.sedpcd.sp.gov.br/viradainclusiva/oevento.php)

A participação na “Virada Inclusiva” é importante também para as pessoas sem deficiência, pois, conhecendo histórias de superação, de esforço e de pessoas que lutam para ocupar seu lugar na sociedade ocorrerá uma mudança na maneira de enxergar o mundo de qualquer um, diminuindo as barreiras sociais. Já para as pessoas com deficiência, o evento é essencial para sua integração e reinserção social, fazendo com que elas se sintam úteis, produtivas e iguais a qualquer outro cidadão.
Também contarei mais detalhes sobre a “Virada Inclusiva” e sobre o “Dia Internacional da pessoa com deficiência” posteriormente. Agora, apenas recomendo que acessem ao link disponível acima, vejam a programação e tentem participar ao menos de uma atração. Certamente, vocês não se arrependerão.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Saboreando as coisas mais simples....

BELO, BELO

Belo belo belo,
Tenho tudo quanto quero.
Tenho o fogo de constelações exitintas há milênios.
E o risco brevíssimo – que foi? passou! – de tantas estrelas cadentes.
A autora apaga-se,
E eu guardo as mais puras lágrimas da aurora.
O dia vem, e dia a dentro
Continuo a possuir o segredo grande da noite.
Belo belo belo,
Tenho tudo quanto quero.
Não quero o êxtase nem os tormentos.
Não quero o que a terra só dá com trabalho.
As dádivas dos anjos são inaproveitáveis:
Os anjos não compreendem os homens.
Não quero amar,
Não quero ser amado.
Não quero combater,
Não quero ser soldado.
- Quero é a delícia de poder sentir as coisas mais simples.
(MANUEL BANDEIRA)


Tanto o poema como o autor me emocionam demais. Eles têm tudo a ver comigo, com o que penso e sinto. Mas, tem a ver também com uma amiga mais do que especial em minha vida: a Miriam.
Já falei brevemente sobre a Miriam neste blog. Disse que ela é minha “amiga cultural”, mas agora contarei nossa linda história....
Assim como a Manu, conheci a Miriam em um curso preparatório, só que para o Vestibular, nosso tão querido Anglo! Acho engraçado por conseguir encontrar amizades sinceras em ambientes competitivos. Isso me ensina a acreditar na vida e no ser humano.
A Miriam foi minha grande conquista do ano de 2002. A amizade da Mi vale muito mais do que qualquer exame ou curso, mais do que a aprovação no Largo São Francisco. A amizade da Miriam é para a vida toda e não dura apenas 5 anos.
Conheci a Miriam durante o curso, conversávamos pouco no primeiro semestre, mas lembro-me dela, sempre amorosa para com os colegas de sala (e comigo também), estudiosa, esforçada, como ela é até hoje. A Mi nunca se importou com a competitividade da ocasião, nem tinha inveja dos colegas e essa qualidade me fez admirá-la demais, rara entre os seres humanos. No segundo semestre, fomos nos aproximando cada vez mais porque a Vânia já tinha sido aprovada no Mack e eu precisava de ajuda e de novas amizades. Eu e a Mi tínhamos afinidades com a Literatura e um amor platônico pelo nosso querido e eterno professor José Emílio, o que proporcionou uma aproximação maior. Dessa fase inicial de amizade, tenho dois episódios marcantes para contar. Tentarei resumi-los aqui:
O primeiro deles foi em novembro de 2002. Eu tinha prestado vestibular em uma Faculdade (que não falarei o nome por razões éticas) que não quis atender minhas solicitações de condições especiais para fazer a prova. Como eu briguei, lutei e insisti por meus direitos de pessoa com deficiência, fui “tirada” do processo seletivo, mesmo tendo atingido a pontuação necessária. Aquilo me doeu, me fez querer desistir de tudo, não tentar mais lutar por meus sonhos. Eu tinha 18 anos e, pela primeira vez, sentia o preconceito tão de perto, já que das outras vezes, meus pais lutaram por mim. Era a primeira vez que me senti no fundo do poço, desejando desaparecer da vida e “jogar tudo para o alto”.
Nosso querido José Emílio sempre foi um professor sensível, indignado e provocador. Suas aulas mexiam conosco, nos fazia refletir (ainda escreverei sobre ele aqui). Depois do ocorrido na prova, a aula dele me tocou. Ele analisava um poema do Bandeira cujo verso é “a vida inteira que podia ter sido e que não foi”. Emílio disse em aula que “a vida era muito mais de NÃO do que de SIM”. Aquilo me fez chorar, tendo em vista que dias atrás aconteceram os fatos anteriormente descritos. Ao fim da aula, fui conversar com ele, que me ouviu, disse palavras ternas de apoio e incentivo. Enquanto isso, a sala toda do Anglo chorava comigo pelos corredores, inclusive a Miriam, que, por ser uma das poucas a saber o que aconteceu exatamente, sabia o quanto todo aquele momento foi difícil e especial para mim. Tenho certeza de que este episódio é um grande marco da amizade entre mim e a Mi. A história lhe tocou e ela sofreu comigo, eu sei disso.
Desde então, nossa amizade foi crescendo ainda mais. Conversávamos horas e horas por telefone. Eu continuei estudando no Anglo, lutando pelo esperado curso de Direito, enquanto ela iniciara o mesmo curso na PUC-SP.
Em junho de 2003, prestei o Mackenzie. Não fiz uma grande prova, não estava segura quanto a aprovação. Ao contrário, eu achei que, mais uma vez, meu sonho fora adiado para o fim do ano. O resultado estava previsto para o dia 15 de julho de 2003. Dia 14 passei a tarde na cama, sentindo um misto de ansiedade e de uma frustração antecipada por uma possível e provável derrota. Mas....
Lembro-me como se fosse hoje o som do telefone tocando no fim da tarde. Como disse, eu estava na cama pensando e esperando o dia seguinte, então, minha mãe atendeu. Era a Miriam. Ela estava muito empolgada, disse para minha mãe que eu tinha sido aprovada no curso de Direito do Mackenzie. Minha mãe, um pouco atordoada, me passou o telefone que atendi deitada mesmo. A Mi só gritava me desejando os parabéns. E eu, duvidei, achava que era brincadeira da parte dela porque ainda não era a data oficial do resultado. A Mi me mandou levantar e ligar o computador, para, depois, ligar para ela de volta.
Atendi o pedido dela e era verdade: MEU NOME CONSTAVA ENTRE OS APROVADOS DO TÃO ESPERADO CURSO!!!!!!!!!Eu não podia me conter de tanta felicidade! Retornei o telefonema de minha amiga e comemoramos e gritamos muito naquela ligação. Finalmente, eu tinha conseguido! Por fim, disse a Mi que a angústia e o sufoco tinham terminado. Porém, a Mi (sempre precavida) me alertou: “Não, querida, a batalha começou agora.”
Verdade. Este foi apenas o início de uma luta para o mercado de trabalho, luta esta que permaneço tentando. Só que tudo mudou. A partir deste dia eu sabia que eu não poderia desistir, que o melhor é sempre persistir aquilo que queremos, pois, ao cabo, tudo se resolve e com um sabor e emoção ainda maior do que se tivesse sido fácil. Até hoje, quando me deparo com um obstáculo, lembro-me deste episódio, do José Emílio, da choradeira na classe do Anglo, do telefonema da Mi e do ingresso na Faculdade para ter forças de seguir em frente. E, grande parte de tudo isso devo a Miriam por ter estado ao meu lado durante todo este processo: da angústia pela derrota ao êxtase da vitória.
Depois disso tudo, mesmo em Faculdades distintas, eu e a Miriam fomos construindo uma das amizades mais raras e preciosas para mim. Fomos juntas ao Anglo agradecer aos professores, coordenadores e funcionários do Anglo pelo apoio, “distribuímos panettones pelo Anglo” (Lembra, Mi?Rs...), visitamos o Emílio numa aula da tarde, soubemos da saída dele numa pizzaria comemorando meu aniversário e “demos uma choradinha” por isso.Rs...
Em 2004, começamos a trocar a Literatura pelas doutrinas de Direito e os Códigos. Contudo, essa alteração não mudou em nada nossa amizade. Foram muitos anos de amizade que só cresceu e continua crescendo a cada ano que passa. Ainda trocamos dicas culturais de filmes, música e obras literárias intercalados ao nosso ambiente jurídico, assistimos a muitos e inesquecíveis filmes nos cinemas de São Paulo, vamos a museus e exposições (algumas até em dia errado, né Mi?Rs...), tomamos muitos cafés e sorvetes juntas, compartilhamos aquisições de imóveis e mudanças de bairros ( Tatuapé, Veridiana, Angélica, Sto André e Campos Elíseos), passamos tardes deitas no quarto chorando e falando sobre a vida, dividimos amores e desamores,a espera do “homem de Praga” e a decepção com a “Praga de homem”, minhas decepções e angústias também no campo amoroso, etc...
Ao fim do curso de Direito, como não poderia deixar de ser, comemoramos minha aprovação no exame da OAB-SP JUNTAS e acompanhadas de meus grandes amigos Rubinho, Larissa, Robson e Maria Fernanda, no almoço mais longo de toda a história (das 12h às 17h). Rs...Mas valeu a pena, foi inesquecível.
E o melhor de tudo isso é a certeza de que o tempo nunca apagará esse sentimento tão especial que nos uniu. Ele só cresce. Não consigo mais imaginar minha vida sem compartilhá-la com a Miriam. Temos que rir ou chorar juntas e ouvir uma a opinião da outra.Nos escrevemos sempre, nem que seja para contar sobre nosso dia. Antes, via cartas, agora, por e-mail. A Literatura nos uniu e é ela que nos mantém amigas por tantos anos. Não só pelos gostos artísticos, mas principalmente porque “somos igualmente passionais e sonhadoras” (como costumamos dizer) como uma verdadeira protagonista de um livro literário, às vezes romântico; outras, realista, porém, sempre significativos.
A Miriam é forte, decidida, dedicada, independente, representa a mulher moderna do Século XXI sem abandonar a meiguice, a serenidade, o romantismo, a ternura da mulher antiga, “mirando-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas”, como afirma a famosa canção de Chico Buarque. E ela mescla essas duas faces muito bem, de uma maneira encantadora.
Amiga, sinto não conhecê-la desde pequena como meus outros grandes amigos. Mas tudo na vida tem seu momento e assim tinha de ser. Esta é a nossa história, né? E ela é linda e intensa. Você ocupa um lugar gigante de minha vida, é uma de minhas melhores amigas juntamente com amigos que conheci na infância e adolescência. Tenho muito orgulho de tê-la como amiga, aqui em casa todos te adoramos: eu, Sr. Dalton. Dona Ivani e Maria Giulia como parte da família. Conte sempre conosco.
Finalizarei a mensagem dizendo que espero que continue “sentindo a delícia das coisas mais simples”, como proclama o nosso inesquecível poeta. Não tenho a menor dúvida de que você será vitoriosa em todos os aspectos da vida, sejam eles profissionais ou pessoais. Basta acreditar em você, ser forte e lutar. Você é uma mulher maravilhosa e a vida já tem lhe mostrado isso por meio de suas conquistas no campo profissional. Este é só o começo de uma vida repleta de sucessos.
Feliz daquele que tem o prazer de conviver com você. Eu e a Vânia ( ela já me disse isso certa vez) adoramos ser suas amigas. Seu carinho e preocupação com quem quer bem nos emociona. E este é o principal motivo de eu não cansar de te dizer para deixar sua insegurança e “nóias de Heloísa” de lado e buscar sua felicidade, mesmo que seja à sua maneira, mas segura de quem é. Você é uma grande amiga, uma pessoa rara de encontrar.
MUITO OBRIGADA PELA AMIZADE E CONFIANÇA DE TANTOS ANOS. Você é mais uma irmã que tenho fora de casa. E eu AMO VOCÊ DEMAIS!!!!!!!!!! Paz, amor, saúde e sucesso!!!!! Fique com Deus. Beijinhos.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O Sígno de sagitário

Quem me conhece sabe bem que adoro ler sobre astrologia. Não que eu acredite piamente e viva em função de horóscopos e dos astros. Apenas me interesso pela leitura sobre o assunto nas horas de lazer. Em minha opinião, muitas vezes encontramos coincidência entre as descrições dos astros com a personalidade das pessoas. Noto isso em relação a familiares e amigos próximos.
Esta semana deu-se início o signo de sagitário, o meu.Rs... Então, farei uma homenagem a este signo. Prometo escrever sobre os demais, a partir daqui, mas tinha que começar por sagitário.
Gosto muito deste signo e não digo só por mim. Digo porque mesmo tendo poucos amigos sagitarianos, com eles tive uma afinidade incrível, de poucos minutos. Todo sagitariano é livre por natureza, odeia compromissos e cobranças, é sincero, fala o que vem a cabeça, mas é muito generoso, leal. Sinto tudo isso de meus amigos sagitarianos. Contudo, sei que o fogo nos faz ser um pouco intensos e calorosos, brigar com um sagitariano é complicado porque ele não vai desistir da sua opinião tão rapidamente. Imaginem dois sagitarianos brigando?Rs... Apesar disso, a generosidade do signo nos ajuda a perdoar o outro após algum tempo.
Eu tenho um anjinho do signo de sagitário em meu quarto com algumas características do signo. Vou transcrevê-las aqui:

SAGITÁRIO
DE 22 DE NOVEMBRO A 21 DE DEZEMBRO
ANJO DO SÍGNO: Saquiel
PLANETA REGENTE: Júpter
COR: Azul
PRINCIPAL VIRTUDE: Lealdade
PRINCIPAL DEFEITO: Franqueza
O NATIVO DESTE SÍGNO É OTIMISTA, UM BOM ESPORTISTA E UM AMANTE DAS DIVERSÕES. O SAGITARIANO É CHARMOSO, AMÁVEL E FAZ AMIZADES COM GRANDE FACILIDADE. ADORA VIAJAR, TEM ESPÍRITO AVENTUREIRO, SE ENVOLVE EM ASSUNTOS COMUNITÁRIOS, COMERCIAIS E RELIGIOSOS. É IMPULSIVO POR NATUREZA.

Eu me considero bem sagitariana, me enxergo bastante nesta descrição. E vocês, o que acham?
Aproveito para mandar um beijo para meus amigos sagitarianos: Manu, Filipe, Glaucus,Ricardo e Rodrigo (vulgo "diguinho"). Parabéns, gente!

P.S: Estou preparando alguns textos bem interessantes. Fiquem atentos aos próximos posts.....

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Visita da Laura

Hoje queria contar um episódio muito emocionante que me aconteceu este ano. No mês passado, Laura T. M.Bertolim, aluna do 7º ano B do Ensino Fundamental do Colégio Mackenzie me escolheu para uma entrevista a ser entregue em um trabalho da disciplina de Ensino Religioso da escola. O tema era SUPERAÇÃO. Laura fez a entrevista e a colocou no jornal.
A Laura é filha da Profª Patrícia, profª de Direito do Trabalho da Faculdade de Direito do Mackenzie. As duas me deram essa honra maravilhosa: um convite tão especial que me deixou completamente emocionada.
Então, decidi compartilhar essa emoção e prestígio com todos vocês, amigos seguidores deste blog. Imaginem se, quando eu era pequena ou quando as dificuldades me pareciam intransponíveis, eu iria imaginar que receberia um convite desses: receber uma excelente professora, renomada em uma das melhores Faculdades do país, com sua filha em minha casa, para me prestigiar como exemplo de superação!!!!
NUNCA, eu nunca poderia imaginar tamanha honra. Aliás, acho que não mereço tanto. Não me considero pior do que ninguém é verdade, mas também, não me considero exemplo de nada. Apesar disso, fiquei emocionada com o convite e espero que a Laura tenha tido muito sucesso em seu trabalho.
Postarei a entrevista, realizada e transcrita pela Laura T.M.Bertolim:

Entrevista com Marcella Santaniello Buccelli
Quantos anos você tem? Tenho 26 anos.
Qual é sua profissão? Sou advogada.
Que tipo de deficiência você tem? Deficiência física devido à paralisia cerebral. Minha mãe teve toxoplasmose quando estava grávida de mim.
Como você se descreveria? Eu me descreveria como uma pessoa alegre, sensível, emotiva, impulsiva, que valoriza bastante a amizade. Uma pessoa simples.
Quais problemas você encontrou na infância e na adolescência? Conseguiu superá-los? Na infância, eu me sentia muito sozinha, pois é aquela fase em que as crianças brincam e correm e eu não podia fazer a mesma coisa. Na adolescência, eu me incomodava por não poder sair sozinha, por exemplo, às sextas-feiras, quando todos iam ao Shopping à tarde, eu não podia ir sozinha; tinha que ser acompanhada pela minha mãe. Se eu consegui superá-los? Acho que sim. Os problemas são os mesmos, mas mudou o meu jeito de olhar. Aceito mais. Acho que superei, porque superar é entender as coisas de um outro jeito.
O que mais a incomoda hoje? O que mais me incomoda é não poder ir na hora que eu quero para onde quero – a limitação de circulação mesmo.
Qual é o papel da sua família nisso? Minha família sempre me apoiou e me mostrou alternativas, outros jeitos de fazer, mas sem que eu precisasse deixar de fazer nada.
Você estudou em escola regular ou em escola especial? Primeiro fiquei um ano (dos três e meio aos quatro anos e meio) em uma escola especial, mas não havia muito interesse para mim. Então meus pais me colocaram em uma escola montessoriana, mas, por causa do respeito ao tempo de que cada um precisa para aprender a fazer as coisas (e eu precisava de todo o tempo do mundo), também não deu certo. Depois passei a estudar em uma escola conteudista, que prezava por resultados, vestibular, etc. Nas matérias de humanas, sempre fui bem, mas nas de exatas, “era cinco sofrido”. Todos sabiam que eu ia cursar algo na área de humanas. Tentei vestibular quatro vezes no Mackenzie, duas na PUC e duas na USP, mas eu não desisti. Só queria fazer faculdade se fosse na USP, na PUC ou no Mackenzie, onde entrei na persistência, pois o tempo que se leva para fazer a prova conta. Hoje se fala em inclusão, mas, quando eu comecei a estudar, nos anos 80, não era assim. Isso foi antes da Constituição (se hoje ela ainda não é aplicada integralmente, imagine como era antes...). Uma época, na escola montessoriana,minha mãe chegou a pagar duas mensalidades para me aceitarem na escola, pois eles diziam que precisavam contratar mais uma pessoa para me ajudar.
Sua casa é adaptada? Cada casa para a qual a gente se muda é mais adaptada, porque a gente vai aprendendo a adaptar. Adaptar é vivência.
Você tem autonomia para fazer as atividades do dia-a-dia? Esta cadeira (motorizada) me deu muito mais autonomia. Hoje eu como sozinha, escovo os dentes sozinha... só preciso de ajuda para me trocar.
Você tinha dificuldades em fazer amigos? Eu tenho dificuldade em ficar quieta e não para fazer amigos! (RISOS) Quando vejo, já saí falando com as pessoas e elas estão me respondendo... não tenho vergonha.
Você tem amigos com deficiência? Poucos. Esta foi a desvantagem de ter estudado em escola regular. Como as pessoas com deficiência não estão incluídas, a gente só convive com os “normais”. Estou até procurando ter alguns (amigos com deficiência). A escola em que estudei, que se chama Agostiniano Mendel e fica no Tatuapé, é uma escola totalmente adaptada, conta com professores preparados para receber alunos com deficiência, e mesmo assim não tem nenhum. Fui a única que conseguiu terminar o colégio lá. Minha mãe incentivou crianças com deficiência, filhas de conhecidos, a irem para uma escola regular, a mesma onde estudei. Ambas as crianças saíram da escola, pois os pais quiseram poupá-las e as protegeram. Minha mãe me ensinou que eu estudei em uma escola regular não para ser privilegiada. Aqui em casa ninguém me superprotegeu.
A deficiência teve alguma interferência na escolha da sua profissão? Como você está se saindo nessa profissão? Talvez a deficiência tenha ajudado na escolha pelo Direito, por querer ver a justiça no mundo, por eu ver mais coisas erradas e ficar indignada, mas acho que também foi pela minha personalidade. Desde pequena eu via filmes de júri. Gostava mesmo de coisas bem visíveis, de falar muito. Estou terminando a minha pós-graduação (especialização) em Direito Público, na Escola Superior do Ministério Público de São Paulo. Escrevi meu trabalho de conclusão de curso sobre “O direito constitucional de acessibilidade da pessoa com deficiência”. Pretendo fazer concurso para promotoria, defensoria ou magistratura. Contudo, o estágio dos meus sonhos foi no Ministério Público, na Promotoria da Infância e da Juventude, pois eu cuidava de saúde e de educação. A gente pedia para colocar criança em creche, cuidava de questões de pessoas com deficiência... isso faz diferença, pois as crianças que não vão até o ensino médio terão uma outra história.
Você deixa de fazer alguma coisa em razão da sua deficiência? O que eu deixo de fazer são coisas que, talvez, se eu pudesse, eu não faria.
Você tem um blog. Quando resolveu criá-lo? Com que objetivo? No ano passado (não vá rir...). Resolvi criar o blog (www.umpapocommarcella.blogspot.com) por causa da novela “Viver a Vida”, em que havia uma personagem tetraplégica (a Luciana), que criou um blog. Eu gosto muito de escrever, cheguei a entrar na faculdade de Letras. Pensei: a Luciana é uma personagem, mais eu sou real. As pessoas podem me perguntar as coisas. Houve gente que não gostou, porque você acaba contando coisas que incomodam as pessoas, mas a maioria dos comentários é positiva. Antes, eu queria escrever um livro. A versão moderna disso é o blog. É um texto que eu posso por na primeira pessoa e não é impessoal como um artigo.
Você quer deixar uma mensagem? Ninguém é culpado de nada e eu sempre tento compreender o outro lado. Sou meio psicóloga das minhas amigas. Acho que é por isso que o Direito é tão bonito: porque mostra os dois lados. Não me imagino fazendo outro curso. Lógico que quero passar no concurso, ter meu emprego, ganhar meu dinheiro, mas o Direito, para mim, é um caminho para ajudar as pessoas. Há pessoas com deficiência que não aceitam ajuda e chegam a ser agressivas. Talvez seja uma defesa, mas acho que, se a gente se abrir para o mundo, o mundo vai se abrir a gente. A escola também não é perfeita. A vida não é uma maravilha. O importante é persistir. Gênios são raros - eu não conheço nenhum.

E, vocês, que me conhecem, concordam com a entrevista? Querem comentar?

Encerro, mandando um beijo e um abraço carinhoso para Laura e para a profª Patrícia. Muito obrigada pelo prestígio, confesso que tive um dos dias mais emocionantes de minha vida.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Boa noite,queridos leitores deste, sempre atrasado, blog.Rs... Eu tive uma semana um pouco corrida, estou tentando postar diariamente, porém, está complicado. Ainda conseguirei, pois,tenho muitas novidades para contar sempre.Rs...Já tirei a antiga programação do ar porque preferi não seguir um roteiro preciso, e sim, escrever o que vier a cabeça.
Hoje, por exemplo, preferi postar um e-mail importante que recebi. Espero que gostem e DIVULGUEM:


AUDIOTECA SAL E LUZ

Divulguem por favor.
Não precisam de dinheiro, mas de DIVULGAÇÃO

Procure o site
http://www.audioteca.org.br/catalogo.htm
e veja os nomes dos livros falados disponiveis .


Caros amigos,
Venho por meio deste e-mail divulgar o trabalho maravilhoso que é realizado na Audioteca Sal e Luz e corre o risco de acabar. A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e empresta livros falados (audiolivros). Mas o que seria isto? São livros que alcançam cegos e deficientes visuais, (inclusive os com dificuldade de visão pela idade avançada) de forma totalmente gratuita. Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos até textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos em geral. São emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3.
E agora, você está se perguntando: O que eu tenho a ver com isso? É simples. Nos ajude divulgando. Se você conhece algum cego ou deficiente visual, fale do nosso trabalho. DIVULGUE! Para ter acesso ao nosso acervo, basta se associar na nossa sede, que fica situada à Rua Primeiro de Março, 125- Centro. RJ. Não precisa ser morador do Rio de Janeiro.
A outra opção, foi uma alternativa que se criou face a dificuldade de locomoção dos deficientes na nossa cidade. Eles podem solicitar o livro pelo telefone, escolhendo o título pelo site, e enviaremos gratuitamente pelos Correios.
A nossa maior preocupação reside no fato que, apesar do governo estar ajudando imensamente, é preciso apresentar resultados. Precisamos atingir um número significativo de associados, que realmente contemplem o trabalho, se não ele irá se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar da magia da leitura. Só quem tem o prazer na leitura, sabe dizer que é impossível imaginar o mundo sem os livros...
Ajudem-nos, Divulguem!
Atenciosamente,
Christiane Blume - Audioteca Sal e Luz
Rua Primeiro de Março, 125- 7o
Andar.Centro- RJ. CEP 20010-000
Fone: (21) 2233-8007
Horário de atendimento: 08:00 às 16:00 horas
http://audioteca.org.br/noticias.htm

INSISTINDO eles não precisam de dinheiro, mas de DIVULGAÇÃO !!!

Até o próximo post.....

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Boa noite!

Queridos leitores:
Primeiramente, quero agradecer aos acessos a este singelo blog. Como devem ter percebido, coloquei um marcador de visitantes para controlar os acessos e fiquei MUITO CONTENTE ao perceber o grande número de visitas: muito obrigada. Espero que o sucesso do blog continue aumentando e que ele sirva como meio de mobilização e sensibilização.
O grande número de acessos, porém, aumentou minha responsabilidade. Sinto-me em dívida, se não atualizar o blog com frequencia. Não posso decepcioná-los, preciso honrar a confiança. Acontece que hoje tive um dia tão corrido que não me sobrou tempo para preparar uma boa resenha sobre o filme recomendado. Queria indicar TROPA DE ELITE 2, mas preciso de tempo para escrever a resenha.
Contudo,como disse, não quero nem posso passar um dia em branco, sem trazer, ao menos, alguma novidade. Decidi, então, postar um momento de reflexão que li hoje em um desses livrinhos de reflexões. Gostei muito e achei importante compartilhar:

"NOSSO PRINCIPAL CUIDADO NÃO DEVE SER O DE VIVER MUITO TEMPO E SIM O DE VIVER BEM, PORQUE O PRIMEIRO CUIDADO DEPENDE DO DESTINO E O SEGUNDO, DA NOSSA CONDUTA."( Sêneca)

Preocupe-se em viver bem, em ser bom e justo. Não importa por quanto tempo nem para quê ou porquê. O importante é não disperdiçar esse tempo precioso com besteiras ou não saboreando a vida até as últimas consequências.
Espero que tenham gostado do pensamento.
Até amanhã....

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Música: RETRATO EM BRANCO E PRETO

RETRATO EM BRANCO E PRETO

Composição: Chico Buarque
Música: Antônio Carlos Jobim

Já conheço os passos dessa estrada
Sei que não vai dar em nada
Seus segredos sei de cor
Já conheço as pedras do caminho,
E sei também que ali sozinho,
Eu vou ficar tanto pior
E o que é que eu posso contra o encanto,
Desse amor que eu nego tanto
Evito tanto e que, no entanto,
Volta sempre a enfeitiçar
Com seus mesmos tristes, velhos fatos,
Que num álbum de retratos
Eu teimo em colecionar
Lá vou eu de novo como um tolo,
Procurar o desconsolo,
Que cansei de conhecer
Novos dias tristes, noites claras,
Versos, cartas, minha cara
Ainda volto a lhe escrever
Pra lhe dizer que isso é pecado,
Eu trago o peito tão marcado
De lembranças do passado e você sabe a razão
Vou colecionar mais um soneto,
Outro retrato em branco e preto
A maltratar meu coração


Ainda permaneço numa fase “Chico Buarque” porque estou fazendo a coleção sobre o compositor da editora Abril. Como tenho ouvido muito o Chico, estou com ele em mente. Depois, prometo falar de outros cantores de que também gosto muito. Aguardem....
Bem, “Retrato em branco e preto” me marcou muito desde a primeira vez que a ouvi. Foi no curso pré-vestibular, no Anglo, e a aula era do prof. Fred. Acreditem que ainda lembro dele explicando esta música?
Sei que tenho a tendência de gostar de música de amores mal resolvidos e que isso, ás vezes, é meio depressivo. Mas essas canções, quando bem escritas como as de Chico Buarque, me fascinam. Fico pensando como esses poetas geniais conseguem transpor em palavras – e no caso de Chico sempre metricamente perfeitas e ritimadas – sentimentos tão simples e corriqueiros e fatos do cotidiano.
Nesta canção, por exemplo, o compositor nos mostra a fragilidade do eu lírico em relação a pessoa amada. Ele sabe que sofre, sabe que não vale a pena este sofrimento e, mesmo assim, ainda se corresponde com ela.Ainda a procura. Ele vive aquela briga do eu interior com o eu exterior, da razão com a emoção. A letra da música trata daquela fase pela qual todo mundo passa quando termina um relacionamento. Aquela época em que temos prazer em sentir a dor da perda.
Outra questão curiosa a respeito da canção diz respeito ao título da música. A música foi composta pelo maestro Tom Jobim. A biografia de Chico conta que o parceiro Tom questionou o compositor sobre o título da canção.Disse Jobim que era estranha a expressão “retrato em branco e preto”, vez que o comum é dizermos sempre “preto e branco”. Chico contestou afirmando que, para tanto, teria que mudar os versos finais para “vou colecionar mais um tamanco. Outro retrato em preto e branco a maltratar meu coração.”Então, a escolha da expressão “branco e preto” foi utilizada para rimar com a palavra “soneto”. Uma escolha singela, porém, genial como as canções de amor de Chico Buarque de Holanda.
Ah! Ainda não postei “Construção” porque pretendo pesquisar um pouco sobre ela antes. Talvez, consigo para o próximo post sobre música.
Espero que tenham gostado.....

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Últimos aniversariantes

Boa noite, amigos leitores, estou contente em voltarmos a ter um contato mais frequente. E vocês?
Bem, o blog ficou um pouco abandonado nos últimos meses e, por esta razão, não escrevi sobre alguns familiares queridos que aniversariaram recentemente. Hoje, apresentarei os aniversariantes de outubro e de novembro, certo?
Minha irmã fez aniversário em outubro, mas, prefiro falar sobre ela mais adiante, com maiores detalhes. Tenho muito a dizer sobre ela.Rs...
Dia 23 de outubro foi aniversário do meu tio Maurício. Ele se casou com minha tia Priscila já tem algum tempo. O pior é que me lembro deste dia como se fosse ontem. Lembro-me perfeitamente que eles me entregaram o “buquet” de presente e guardo a fotografia até hoje. Eu tinha apenas 10 anos. Faz um bom tempo já....Estou ficando velha.Rs... Mas, as lembranças que tenho do tio Maurício são ainda anteriores a este momento. Eu me recordo de almoços e jantares com ele na casa da minha avó, ainda quando ele namorava minha tia. E sempre que penso no tio Maurício, penso nele brincando, fazendo piada e rindo da vida, das situações e de nossas mancadas. Ele é bem-humorado e sempre tem uma resposta rápida, engraçada e inteligente para tudo. Gosto muito do meu tio porque eu me sinto bem, animada perto dele. Os almoços ganham vida e animação. Tio, o texto está atrasado, mas, repleto de bons fluídos para que você continue sempre assim: nos alegrando. Do fundo do coração, eu te adoro muito. Grande beijo.
Hoje, dia 09 de novembro, é aniversário da tia Priscila. Bom, a tia Pri é arquiteta e desenha muito bem. Digo isso porque, quando eu era pequena adorava os desenhos, decorações e enfeites que ela fazia. Ficava esperando por eles. Sou péssima para desenhar e admiro muito que o faz bem. A tia Pri decorou muitos salões de festas de meus aniversários porque ela era estudante universitária, solteira e ainda não tinha filhos quando eu era bem pequena. Então, tinha tempo para se dedicar aos enfeites de parede. Nossa, era um mais bonito do que o outro: Branca de neve e os sete anões, Snoopy, Papai Noel, teto de bexigas e por aí vai. Os enfeites eram tão bonitos que eu os colava no quarto depois da festa até chegar o outro ano, a nova festa e os novos enfeites. Tia, obrigada por tanta dedicação, pelo trabalho. Também adoro você e lhe desejo toda a felicidade do mundo hoje e sempre.
Dia 15 de novembro, além de comemorarmos a República, é aniversário da tia Leninha. Parece que foi ontem que a conheci, porém, já faz um bom tempo. Já vivemos, neste período, muitas situações juntas: algumas divertidas e alegres; outras, um pouco tensas, mas que, ao fim e ao cabo, deu tudo certo, né Leninha?Rs... A Leninha sempre tem algum elogio a me fazer, ela sempre me faz sentir importante. Sei que deve ser por ser da família, mas o importante é que se estou desanimada ou chateada com alguma coisa, depois que converso com ela, me sinto melhor. Leninha, obrigada por também fazer parte de minha vida. Você ocupa um lugar bem especial em meu coração. Que seu aniversário seja repleto de alegrias e que elas lhe acompanhem por toda a vida. Aqui sempre terá uma pessoa que gosta muito de você.
Por fim, no dia 30 de novembro, minha querida priminha sagitariana Baby completará os famosos 15 anos!!!!!!!Meu Deus, na minha festa de 15 ela era tão pequena!Como o tempo passa depressa.... A Baby sempre foi uma criança tranquila, confiável e serena e continua sendo um orgulho para todos nós. A princípio, ela é reservada, na dela. No entanto, passado um tempo e instalado o diálogo, ela conversa bastante conosco. Apesar da grande diferença de idade, adoro conversar com ela, saber seus gostos, sua vida, etc...Acho que ela se parece um pouco comigo em muitas coisas. Ela é esforçada, dedicada aos estudos, simpática, adora festas, viagens e é repleta de generosidade. Ela é livre, aérea, imaginativa e leal, como todo sagitariano. Rs... Não posso reclamar, né?Rs... Afinal, tenho o mesmo signo. Rs...Então, aproveito para desejar a esta minha prima um FELIZ ANIVERSÁRIO!! Que seus 15 anos sejam tudo aquilo que você espera e que alcance todos os seus objetivos de sua vida. Muitas felicidades, luz e força, tá? E, quando precisar, conte comigo, ok? Beijos carinhosos.
Bem, vocês já conheceram toda minha família mais próxima. Só falta minha irmã. Acontece que o texto dela é mais comprido. Ficará para uma próxima.....Ela sabe que quando chegar a vez dela, vou escrever MUITO.Rs....
Até amanhã....

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Meus caros amigos....

Boa tarde, queridos, como vão? Conforme o prometido, darei hoje início a programação do Blog. Reitero que aceito críticas, sugestões, etc. Tudo estará sujeito a alterações, nada é imutável.
Bem, hoje é dia de comentar sobre algum tema de atualidades ou jurídico. Queria falar um pouco de política e democracia, assuntos que muito me fascinam e os quais pouco comentei aqui. Fiquem sossegados. Não pretendo falar de nenhum partido ou candidato. Não pretendo defender nem acusar ninguém. Não gosto disso. Sou uma pessoa completamente democrática e defendo, acima de tudo, à DEMOCRACIA e ao ESTADO DE DIREITO.
Intitulei este post com o nome de um dos discos de Chico Buarque que se refere a música “Meu caro amigo” porque essa belíssima canção é uma carta do compositor a um amigo que estava exilado do Brasil no período da ditadura militar.
Nasci no fim de 1983, quando o país dava seus primeiros passos em direção a democracia, as eleições diretas e a nossa Constituição Republicana de 1988. Apesar da pouca idade, estes temas sempre me chamaram a atenção. Desde muito pequena eu gostava de assistir as propagandas eleitorais da TV, quando do início das eleições diretas. Creio que a primeira eleição presidencial que pude acompanhar com mais detalhes foi a do Presidente Collor e seu escândalo. Lembro-me bem dos estudantes de cara pintada, gritando pelo “Impeachment” que não aconteceu, pois Collor acabou renunciando. Achava interessante ver aqueles jovens engajados e sempre sonhei me tornar um deles um dia. Este seja,talvez, um dos motivos de minha escolha pelo curso de Direito.
O fato é que todo brasileiro politizado sabe que lutamos muitos anos para instalar a democracia neste país. Contudo, noto tristemente que esta democracia ainda engatinha, falta muito para que ela seja alcançada plenamente.
As eleições de 2010 foram um grande exemplo dessa, ainda imatura, democracia. Assisti a alguns fatos inacreditáveis, um com cada principal candidato eleito para o segundo turno. O primeiro deles foi com a candidata Dilma Russef do PT, agora eleita presidente. Dilma foi “condenada” popularmente por ter dito que era a favor da discriminalização do aborto. Quando a candidata notou que sua opinião pessoal a respeito do tema a prejudicaria nas urnas recuou e mudou seu discurso. Dando ensejo para que revistas de grande popularidade utilizassem disso para criticá-la.
Concordo que não é recomendável que um candidato à Presidência da República mude de opinião conforme a reação da população. No entanto, pior ainda é um candidato perder ou ganhar votos por causa de convicções pessoais, morais, completamente subjetivas. Ouvi no canal “Globo News” que fato semelhante aconteceu em eleições pretéritas, quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disputava a prefeitura de São Paulo. Às vésperas da eleição, com grande vantagem nas intenções de votos, o, então candidato a prefeito, perdeu surpreendente, vez que afirmou em debate televisivo que era ateu. Agora eu pergunto: o que isto tem haver com ser ou não ser um bom governante? Ateu ou religioso, Fernando Henrique comandou nosso país por oito anos e nos reergueu economicamente com o plano real.
Digo o mesmo sobre a Dilma: O fato de ela ser a favor ou contra a discriminalização do aborto em nada influenciará seu mandato. Caso ela queira que isso realmente aconteça, terá que apresentar este Projeto de Lei para o Congresso Nacional, sob a votação da Câmara e do Senado. Ou seja, não é porque ela deseja que o aborto não seja crime, em uma campanha eleitoral, ou mesmo, na Presidência da República, que o crime, subitamente, desaparecerá do Código Penal. O Processo Legislativo brasileiro é solene, formal, exige muito esforço. À princípio, a afirmação de Dilma Russef é apenas uma opinião pessoal e, por esta razão, não poderia ser julgada em um Estado Democrático de Direito.
Outro acontecimento das últimas eleições – não menos atentatória à Democracia nacional – foi o tão comentado caso da “bolinha de papel” na cabeça do candidato do PSDB, José Serra. Os meios de comunicação perderam tempo e espaço de seus jornais para discutir se o que foi disparado em Serra era ou não uma bolinha de papel. Até o Presidente Lula interferiu, criticando o candidato, chamando-o de fingido. Ora, o Presidente deveria defender a democracia, preservar a paz, evitar os conflitos. Afinal, ele deveria estar equidistante dos candidatos, vez que ainda é o estadista deste país até 31/12/2010. E, como defensor da democracia, ele e os jornalistas deveriam saber que não interessa se o objeto era ou não uma bola de papel, se causou ou não danos. Essas respostas interessam tão somente ao candidato José Serra que necessitaria ou não de cuidados médicos. O que nos interessa, como cidadãos brasileiros, é que o objeto feriu gravemente nossa democracia. Após tantos anos de luta e aclamação por liberdade, um candidato a Presidência da República ainda é atingido injustificadamente andando pela rua,fazendo sua campanha, sem qualquer provocação. Cada pessoa tem sua opinião, sua visão política. Eu mesma tenho a minha. Porém, não podemos sair agredindo quem pensa diferente pelas ruas. Nem eleitores e nem candidatos a oposição. Os direitos são iguais para todos. Ao contrário, o ideal seria que conseguíssemos dialogar uns com os outros, apesar das divergências.
O principal objetivo político certamente é o mesmo para todos: que o Brasil melhore, que se torne a potência que todos esperam e que vivamos com dignidade.
Eleição finda, esqueçamos nosso posicionamento pré-eleição. Dilma Russef venceu democraticamente por maioria de votos. É hora de nos unirmos e de apoiarmos nossa nova governante para que ela tenha uma ótima gestão. Isso será muito melhor para nós do que para ela.O Presidente é nosso representante, já que “todo poder emana do povo”, como reza a Carta Magna.
Meu caríssimo amigo Chico Buarque, infelizmente, ainda estamos “engolindo muito sapo no caminho”. Até quando seguraremos este rojão?

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

TELETON 2010

Bom dia a todos, como já falei anteriormente, estou fazendo de tudo para dar início a minha programação (ou próximo a ela) a partir desta segunda-feira. Tomara que eu consiga. Rs...
No entanto, enquanto isso, postarei hoje sobre algo muito importante: o TELETON
Vocês conhecem o TELETON? Creio que a maioria não e os que conhecem não devem acreditar em sua fidelidade. Eu mesma não costumo acreditar muito nesses sistemas de doações ou políticas assistencialistas, mas o TELETON é realmente diferente.
O TELETON é um programa do SBT que anualmente cede sua programação disponibilizando de seus principais apresentadores – com a abertura dos apresentadores das demais emissoras - para que, juntos, arrecadem doações para a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente).
Como vou a AACD de vez em quando para fazer alguns aparelhos ortopédicos ou reformas na cadeira de rodas (há alguns produtos e serviços que só eles fornecem, inclusive para quem pode pagar por isso), pude acompanhar as mudanças que ocorreram na Instituição. Confesso que muita coisa ainda precisa ser alterada, mas garanto que muito já foi feito. E o TELETON tem grande parcela nisso. O SBT e as empresas parceiras não desviam o dinheiro das doações e nesses anos eles fizeram grandes mudanças: desde reformas na unidade central na Vila Mariana até construção de novos centros de atendimento pelo Brasil.
Essas construções são de grande relevância, vez que há muita gente precisando de tratamento, mas residem em outras cidades ou Estados. Antes do TELETON só existia AACD em São Paulo; hoje, podem ser encontradas unidades da Instituição em vários Estados.
A Associação sobrevive do dinheiro arrecadado de doações e do pagamento emitido por aqueles que, como eu, se utilizam de alguns equipamentos da Instituição ou de cirurgias lá realizadas, mas que, felizmente, podem pagar. Todo o pagamento dos clientes pagantes são destinados ao pagamento dos funcionários da AACD,as contas do prédio, dentre outras despesas.Quem conhece ou for conhecer a AACD, perceberá que ainda falta muito para considerá-la um tratamento de saúde adequado para as pessoas com deficiência carentes. Mas ela é um grande começo e depende muito de nossa contribuição.
Para entender melhor sobre o TELETON recomendo que vocês assistam ao programa que inicia sua exibição hoje à noite (sexta-feira, 05 de novembro) com duração de 24 horas. Ou seja, durante todo o sábado, dia 06, com encerramento no sábado à noite sob o comando do apresentador Sílvio Santos. Durante a programação, será explicado como funciona a AACD e o que se pretenderá fazer este ano com o valor das doações. Cada ano, o diretor da AACD o destina para alguma coisa.

“Nas palestras que faço, costumo contar a história de um colibri que, durante um incêndio na floresta, foi visto indo e vindo, carregando água no bico e derramando-a sobre o fogo. Os outros animais corriam tentando salvar a própria pele. Enquanto corria, um leão, que viu o colibri, lhe perguntou se ele não havia ainda se dado conta de que não conseguiria apagar o incêndio sozinho. Ao contrário, acabaria morrendo. Sem parar de trabalhar, o colibri respondeu ao leão: “Estou somente fazendo a minha parte.” (Flávia Cintra)

Vamos seguir o conselho da Flávia e fazermos nossa parte. Se você já conhece o TELETON e costuma fazer sua doação, doe e não se esqueça disso. Se você conhece e não costuma doar, porque não acredita, reflita bem. Eu garanto que é real e prometo levar quem ainda tiver duvida para conhecer a AACD. Se você é ou conhece algum grande empresário, fale para que ele apóie o projeto durante todo o ano e não só neste fim de semana.

Para doar:
0500 -12345 (e doe CINCO REAIS)
0500-12310 (e doe DEZ REAIS)
0800-7752010 ( e doe TRINTA REAIS OU MAIS)

Site: www.teleton.org.br


Aproveito o espaço para parabenizar e agradecer ao SBT e principalmente ao Sílvio Santos pela iniciativa. Tenho certeza de que a AACD se transformou – e muito- com a ajuda do TELETON.

Bom fim de semana e até o próximo post....

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Saudades da Luciana!!!!!!

Boa noite a todos leitores queridos. Sei que prometi iniciar uma programação para este blog na próxima segunda dia 25/10 – e cumprirei a promessa. Contudo, antes, quero postar um texto fantástico que já queria ter postado meses atrás.
Terça passada, a rede Globo iniciou a série “As Cariocas” com um episódio fantástico chamado “A noiva do Cadete” e a noiva era nada mais, nada menos do que minha querida Alinne Moraes, desta vez andante, porém, noiva de um cadeirante, interpretado pelo ator Angelo Antônio. A personagem da Alinne, embora noiva, tem vários amantes. Não contarei o episódio porque perde a graça, prefiro que quem se interessar o assistam pelo youtube. Só queria registrar que estou feliz com a iniciativa da emissora de continuar abordando temas socialmente relevantes, como o da deficiência.
Confesso que o episódio me fez sentir imensas saudades da personagem Luciana de “Viver a Vida”. Então, comecei a buscar tudo que tinha armazenado dessa época. Encontrei uma reportagem que li na REVISTA SENTIDOS – revista sobre inclusão social que costumo ler – e que queria ter postado à época da novela, mas que acabou ficando esquecido pelo tempo.
Bom, como nunca é tarde para aprender mais e como o tema “Vale a pena ler de novo”, vamos a reportagem da edição 56 da revista sentidos no link:

http://revistasentidos.uol.com.br/inclusao-social/56/artigo160026-3.asp

Espero que gostem da reportagem e da revista Sentidos
Até o próximo post....

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Um pouco mais de música

Bom dia a todos, lembro-me de que estou devendo uma resenha sobre a música CONSTRUÇÃO do Chico Buarque. Ainda não tive tempo de escrevê-la. Ia fazê-lo esta semana. Acontece que ouvindo as músicas do meu querido compositor, tive vontade de postar outra canção primeiro porque esta é uma canção que muito me emociona.Chama-se “Futuros Amantes”:


FUTUROS AMANTES
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque

Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar
E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização
Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você

A canção é triste e melancólica, mas ao mesmo tempo, bonita e leve. Ademais trata de amores que não foram vividos e, apesar disso, passam a eternidade escondidos. Penso que quase todas as pessoas já viveram romances como esses. Imaginem se esses amores servissem de base para os futuros amantes como Chico descreve!!!!!! Seria interessante.
Sei lá, sei que gosto muito desta música e, por esta razão, decidi compartilhá-la com vocês O meu momento de reflexão.Espero que tenham gostado da escolha. Prometo postar CONSTRUÇÃO em breve.....

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Retomando o blog

Hoje estou aqui para contar que finalmente terminei minha monografia de especialização (UFA!).
Para que vocês compreendam melhor sobre o tema, postarei aqui a introdução de meu trabalho:

INTRODUÇÃO
Apesar da chegada ao Século XXI, do enfrentamento a grandes revoluções, da condução de máquinas, da descoberta de novas tecnologias, da entrada na era digital, do alcance ao Estado Democrático de Direito bem como da proteção dos Direitos Humanos como lugar de destaque no mundo sóciojurídico, a aceitação da diversidade e do diferente como parte do mundo permanece estagnado no período pré-histórico.
Os meios de comunicação, escrito ou falado, vem abrindo espaço para discussões sobre o tema da compreensão do outro com todas as suas particularidades seja em filmes, documentários, revistas, jornais, reportagens ou programas de TV. Não é raro ver, na atualidade, enredos que abordam a exclusão de minorias, tais como: negros, pessoas carentes, grupos étnicos excluídos, homossexuais ou pessoas com deficiência.
Ainda assim, grande parcela da população vive segregada do meio social, a margem do convívio, lutando por um espaço e uma oportunidade, querendo tão somente viver socialmente e integrada.
Prova disso é a pesquisa feita pela Universidade de São Paulo, a pedido do MEC em setembro de 2009. - Frise-se que se trata de algo recente e não de um passado remoto!!!!! – A pesquisa foi realizada com 18.599 pessoas. Sendo estas estudantes, pais e mães, professores e funcionários da rede pública do país. O resultado obtido é triste e alarmante: segundo a pesquisa, 96,5% da população anteriormente descrita têm preconceito e querem manter distância de pessoas com algum tipo de deficiência.
A estranheza a esses dados aparentemente falsos para uma sociedade, em tese, democrática e sem preconceitos caem por terra ao se notar que o preconceito está arraigado dentro de todos, uma vez que os indivíduos apresentam o paradigma da perfeição em seu inconsciente, externando apenas o que se considera politicamente correto. Só que, quando menos se espera, ele se depara com uma situação na qual age de maneira discriminatória, perdendo o controlador do seu inconsciente. Dessa maneira, o preconceito, em algum momento, acaba escapando de seu interior como uma comida feita em uma panela de pressão pronta a explodir.
Em que pese incansáveis discussões sobre preconceito, igualdade, diversidade, etc., a pesquisa supracitada demonstra perfeitamente que pouco se evoluiu de fato. E a razão é muito simples: fácil é falar sobre o assunto, difícil é mudar as atitudes. As pessoas podem fazer discursos sobre os direitos das pessoas com deficiência com toda a facilidade do mundo, mas estas mesmas pessoas negam emprego a um cadeirante devido sua deficiência - embora não explicite este motivo - não aceitam a matrícula de crianças que nascem nessas condições nas escolas, não respeitam as guias rebaixadas das ruas ao estacionar seu automóvel na frente delas( o que dificulta uma pessoa que se locomove por cadeira de rodas atravessar as ruas), estacionam seus veículos nas vagas reservadas para pessoas com deficiência e assim por diante.
Existe, ainda, o preconceito da própria pessoa deficiente com ela mesma ou dos pais dessas pessoas com seus próprios filhos. Seja por medo, por dó ou por vergonha, não são poucas as pessoas com deficiência, seja qual for a idade, que se escondem em suas residências, sob os cuidados da família ou do Estado, completamente à margem da sociedade e mendigando um pouco de atenção.
Essa realidade é preocupante, inaceitável e injusta. Todas as pessoas, não importam quais sejam suas características, devem ser respeitadas em sua plenitude pelo simples fato de serem humanas. Todo ser humano é intrinsecamente digno, somente pelo fato de existir. E é essa a postura que deve ser tomada na prática, não apenas “no papel” como se costuma dizer.
Em outras palavras, a efetivação dos direitos fundamentais das pessoas com deficiência, e, dentro deles, o direito constitucional de acessibilidade, ainda não foi atingido por causa das barreiras arquitetônicas e urbanísticas, além das barreiras sociais, como se perceberá ao longo de toda a pesquisa.
Todas essas barreiras somente serão quebradas quando houver o conhecimento, o esclarecimento das pessoas sobre a deficiência e suas dificuldades. O conhecimento só será atingido lentamente, por meio de conscientização e mobilização social.
Essa mobilização vem ocorrendo por meio de associações, fundações e organizações não governamentais criadas com essa finalidade ou mesmo por pessoas comuns do povo que, mesmo com alguma deficiência, faz acrobacias diárias para enfrentar o dia a dia, cumprindo seus compromissos, exigindo seus direitos e exercendo seus deveres. Contudo, isso ainda é pouco. Necessita-se de mudanças mais rápidas e efetivas, advindas de lideranças políticas, governamentais ou judiciais.
Visando essa mobilização, também no campo jurídico, apresenta-se o presente trabalho dividido em cinco capítulos, da seguinte forma: O primeiro capítulo trata da evolução dos direitos humanos em suas dimensões; o segundo aborda o histórico e o conceito do que se entende por pessoa com deficiência; No terceiro capítulo foram apresentados alguns princípios constitucionais relevantes para o direito de acessibilidade da pessoa com deficiência; o quarto capítulo traz o conceito de acessibilidade e, finalmente, o quinto capítulo mostra a importância do Ministério Público para a concretização desses direitos, vez que a ele é atribuída a função constitucional de fiscalizar a lei, promover a justiça e preservar a democracia. Cabe ao órgão ministerial, portanto, contribuir com a concretização dos direitos e garantias fundamentais, inclusive das pessoas com deficiência.
Ao final da pesquisa, encontra-se uma entrevista realizada com a Vereadora da cidade de São Paulo, Mara Gabrilli, personalidade conhecida entre as pessoas com deficiência por sua relevante atuação política e social para a acessibilidade e inclusão social. Outro documento anexado a esta pesquisa apresenta a organização não governamental (ONG) denominada “Movimento Superação” que teve seu início em São Paulo, mas vem se estendendo para outros Estados da federação e até para fora do país. Por derradeiro, há alguns anexos com reportagens recentes publicadas em jornais ou na Internet para dar maior veracidade a essa pesquisa.
O escopo desse trabalho é fazer o leitor refletir sobre a problemática das dificuldades da falta de acessibilidade do ambiente em que vive para uma futura mudança da postura “estadista” para outra mais “ativista”, a fim de alcançar a erradicação de qualquer intolerância e preconceito.


E aí, querem saber mais? Só lendo meu trabalho completo.Rs....
Até o próximo post.....

domingo, 26 de setembro de 2010

Eleições 2010!!!!!!!

Meus amigos tem reclamado de meu sumiço, de meu “abandono” a este blog, etc...Sei que estive muito ausente, desculpem!!!! Acontece que passei por períodos atribulados da vida. Nada ruins, apenas agitados. Mas, creio que agora estou mais tranquila, com tempo de ir, aos poucos, retomando meus projetos, como este blog.
Nesse período aprendi muito, tenho muita coisa para contar aqui, para compartilhar com todos. Decidi reiniciar os posts discutindo um pouco sobre eleições, dada sua proximidade. Em meio a tantos candidatos polêmicos, como o Tiririca, por exemplo, existe sim gente séria e competente. Vou apresentar a vocês minha candidata ao cargo de Deputado Federal: Mara Gabrilli.
A Mara Gabrilli ocupa atualmente o cargo de Vereadora da cidade de São Paulo. Desde o início da vida política da Vereadora eu acompanho seus projetos e os apoio, sempre dando meu voto a ela. Só que neste ano tenho razões maiores para apoiá-la: EU A CONHECI PESSOALMENTE.
Eu e minha amiga Vânia fizemos uma entrevista com Mara Gabrilli no mês de julho para que eu colocasse no meu trabalho de pós-graduação. A entrevista foi ótima. A Vereadora realmente trabalha muito na luta por direitos das pessoas com deficiência. Hoje, não só a apóio, como a admiro. Eu e a Vânia votaremos nela nessas eleições de domingo que vem. Postarei aqui o texto que foi escrito para minha monografia de especialização:


ANEXO I

PERSONALIDADE PREOCUPADA COM A ACESSIBILIDADE: A Vereadora do Município de São Paulo Mara Gabrilli

1. Perfil

Mara Gabrilli, 42 anos, é publicitária, psicóloga, ex-secretária da Pessoa com Deficiência da Prefeitura de São Paulo e vereadora pelo PSDB na Câmara Municipal de São Paulo. Empreendedora social, fundou em 1997 o Instituto Mara Gabrilli, ONG que apóia atletas com deficiência, promove o Desenho Universal e fomenta pesquisas científicas.

Foi a mulher mais votada do Brasil nas Eleições 2008 com 79.912 votos.

No dia 20 de agosto de 2008, foi avaliada como a segunda melhor vereadora paulistana, entre os 55 vereadores, por estudo da ONG Voto Consciente, com nota média de 7,9. No quesito Coerência, que avalia cumprimento durante a legislatura das propostas feitas durante a campanha, teve a maior nota: 9,53.

Mara Gabrilli escreve uma coluna mensal para a revista TPM há oito anos, cujas 50 melhores crônicas foram reunidas no livro Íntima Desordem – os melhores textos na TPM (editoras Arx e Versar). Além da TPM, mantém outra coluna na revista Sentidos (editora Escala). Mara ainda foi consultora do livro Vai encarar? - A nação (quase) invisível das pessoas com deficiência (editora Melhoramentos), de Claudia Matarazzo, e colaborou com o capítulo: “Educação para Todos: uma questão de direitos humanos” no livro Educação 2010 – as mais importantes tendências na visão dos mais importantes educadores (Humana Editorial).

Comanda e produz, desde abril de 2007, o programa de rádio Derrubando Barreiras: acesso para todos na Eldorado AM e lançou em janeiro de 2010 o Momento Terceiro Setor na rádio Trianon AM.

Em reconhecimento a sua atuação, foi eleita Paulistana do Ano (2007) pela revista Veja São Paulo, figura entre os Cem Brasileiros Mais Influentes (2008) das revistas Isto É e Época, e foi finalista do Prêmio Claudia 2008 na categoria Políticas Públicas.

TRAJETÓRIA
Há 15 anos, Mara Gabrilli sofreu um acidente de carro que a deixou tetraplégica. Passou cinco meses internada – dentre os quais dois em respirador artificial – e recebeu uma nova condição para a vida: a impossibilidade de se mexer do pescoço para baixo.

Em 1997, fundou a ONG Projeto Próximo Passo com o objetivo de promover a acessibilidade e o desenho universal, pesquisas para cura de paralisias e projetos de inclusão social para atletas com deficiência. Em 2007, a ONG se expandiu e transformou-se no Instituto Mara Gabrilli, que tem a PPP como um de seus braços apoiando 85 atletas - três foram às Paraolimpíadas de Pequim. Em outubro de 2008, o IMG trouxe uma cientista indiana para trocar experiência com a pesquisadora da USP Lygia Pereira, o que resultou na primeira linhagem brasileira de células-tronco embrionárias, a BR-1. Conheça mais a ONG: www.img.org.br

Mara Gabrilli foi a primeira titular da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED) criada em abril de 2005. Desenvolveu dezenas de projetos em diversas áreas: infra-estrutura urbana, educação, saúde, transporte, cultura, lazer, emprego, entre outros.

Isso resultou no aumento de 300 para cerca de 3 mil do número de ônibus acessíveis com bancos largos para obesos e piso baixo; na reforma de 400 quilômetros de calçadas adaptadas, inclusive na Avenida Paulista, que com rampas, piso podo-tátil e semáforos sonoros, se tornou modelo de acessibilidade na América Latina; na criação de 39 núcleos municipais de reabilitação física e saúde auditiva; no emprego de mais de mil trabalhadores com algum tipo de deficiência; nas versões em braile ou áudio de todos os livros das Bibliotecas Municipais (Ler pra Crer); na ida de 14.000 pessoas com deficiência ao cinema, teatro e exposições; entre outros que só vêm crescendo em números nas gestões que a sucederam.

Em atuação na Câmara Municipal de São Paulo desde fevereiro de 2007, protocolou 43 Projetos de Lei que trarão mudanças na cidade para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, mas que, no fim das contas, beneficiarão a toda população.

Quatro foram aprovados e são Leis Municipais: a que cria a Central de Intérpretes de Libras e Guias-Intérpretes para Surdocegos (Lei 14.441/2007); a que torna Lei o Programa Municipal de Reabilitação da Pessoa com Deficiência Física e Auditiva, determinando a implantação de novos serviços de reabilitação nas 31 subprefeituras da capital (Lei 14.671/2008); o Plano Emergencial de Calçadas (PEC), que permite que a Prefeitura reforme e revitalize as calçadas em vias estratégicas onde estão localizados os diversos equipamentos públicos e privados essenciais à população – correios, escolas, hospitais, etc (Lei 14.675/2008)-; e a que cria o Programa Censo Inclusão, que prevê um levantamento detalhado com perfil sócioeconômico dos cerca de 1,5 milhão de pessoas com deficiência na capital paulistana (Lei 15.096/2010)

2. Entrevista
No dia 5 de julho de 2010, a Vereadora Mara Gabrilli, gentilmente, nos recebeu em seu gabinete para uma entrevista, colaborando muito com o enriquecimento de nossa pesquisa. Como a conversa foi espontânea, optamos por transcrevê-la por meio de um texto corrido, ao invés do tradicional método de perguntas e respostas, conforme veremos:
Tema da deficiência e início da carreira pública
Mara afirmou que sempre se preocupou com o tema da deficiência, mesmo antes de ter sofrido o acidente que a deixou tetraplégica em 1994. Durante a Faculdade, quando ainda não apresentava deficiência, estagiou em escolas especiais (escolas criadas para educar crianças com deficiência). Também antes do acidente, Mara disse ter se apaixonado por um cadeirante. Logo, sempre esteve envolvida com a questão da deficiência.
Após o acidente, e sentindo na pele as dificuldades da deficiência, fundou a ONG Projeto Próximo Passo que, hoje, se tornou em um Instituto que leva seu nome: Instituto Mara Gabrilli. Contudo, ao fundar a ONG, a Vereadora pretendia ajudar as pessoas e se ajudar, juntando pessoas com deficiência e criando forças para poder lutar pelos direitos dessa parcela da população. Mara não sabia que estava fazendo política, nem vislumbrava tal objetivo.
Acontece que, mesmo ocupando o cargo de dirigente da ONG, Mara sentia que ainda lhe faltavam forças para lutar pelas pessoas com deficiência. Então, a mãe de Mara Gabrilli insistiu veementemente para que a filha se inscrevesse em um partido político e se candidatasse. Apenas com o intuito de atender a insistência da mãe, Mara se inscreveu no PSDB, se candidatou e foi eleita Vereadora paulistana em 2007.
Atualmente, exercendo a função de Vereadora do Município de São Paulo, alcançou a expansão de atuação almejada no início da carreira.

Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência ou Mobilidade Reduzida

Antes de ser eleita Vereadora de São Paulo, Mara Gabrilli foi convidada, em 2005, para ser secretária titular do, então Prefeito da cidade, José Serra. Serra criou naquele ano a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência ou Mobilidade Reduzida e convidou nossa entrevistada para exercer o cargo de 1ª secretária titular.
Como a Secretaria ainda necessitava de uma aprovação legislativa formal e como não houve tempo entre o convite e o início do exercício para um planejamento de como funcionaria a referida Secretaria, Mara iniciou o cargo buscando recursos. Posteriormente, sua atuação pautou em convencer os demais secretários de outras Secretarias sobre a importância do tema da deficiência e de uma luta política para esta causa.

Aprovação das leis relacionadas às pessoas com deficiência pela Câmara Municipal da cidade de São Paulo

Perguntada sobre a dificuldade para se conseguir a aprovação de seus projetos de lei na Câmara , Mara respondeu que o mais necessário é a vontade política, pois, com ela se atinge qualquer objetivo.
Mara acrescentou que não se pode propor lei que cause custo a Prefeitura, já que só o Executivo pode fazê-lo. Segundo a entrevistada, essa formalidade deixa os vereadores “engessados”. É a vontade política de cada Vereador que os move.
Um dos mais importantes projetos de lei propostos pela Vereadora prevê o Censo Inclusão. Este Censo será um mapeamento do perfil socioeconômico da pessoa com deficiência na cidade de São Paulo. Mara considera que esse mapeamento seja necessário para que o gestor execute políticas públicas. Esses dados serão importantes no âmbito do Poder Executivo Municipal a fim de permitir uma eficaz atuação da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência ou Mobilidade Reduzida.

Cidades modelo em acessibilidade

Na opinião de Mara Gabrilli as cidades modelo em acessibilidade para as pessoas com dificuldade de locomoção são as cidades de Londres (Inglaterra) e Vancouver (Canadá). Mara salientou que em Londres todos os táxis são acessíveis.
A cidade de São Paulo, apesar dos avanços já conquistados, ainda é carente em acessibilidade. A Av. Paulista se tornou modelo de acessibilidade na América Latina. Todavia, a entrevistada frisou que embora haja os 500 Km de calçada no Município Paulistano, apenas 30 mil km podem ser considerados acessíveis

Papel do Ministério Público

A Vereadora apontou o órgão ministerial como o principal parceiro na execução de políticas públicas que envolvam a melhoria da acessibilidade para as pessoas com deficiência.
Contudo, ela fez observação importante ao mostrar a importância do Tribunal de Contas do Município nessa mesma parceria.
Se o Tribunal de Contas não aprovar as contas em razão da falta de preocupação com a acessibilidade da pessoa com deficiência, acaba impulsionando o Executivo a apresentar contas que sigam as leis que tratam de acessibilidade. Assim, negando esses gastos, o Tribunal exige indiretamente a efetivação das leis. Mara disse que foi o próprio Presidente do TCM quem lhe ressaltou essa parceria.

Terceiro Setor

Questionada sobre a importância do terceiro setor para a concretização dos direitos das pessoas com deficiência, principalmente dos que se referem a acessibilidade, a Vereadora afirmou que atualmente temos 400 ONG´S tratando da causa. Ela acredita que todos juntos – Governo, Iniciativa Privada e ONG´S – são importantes, podem e conseguem melhorar a vida das pessoas com deficiência.

Meios de comunicação

Por ser publicitária, Mara Gabrilli ressaltou que os meios de comunicação são extremamente importantes para promover políticas públicas.
Para finalizar, a Vereadora nos trouxe brilhante observação acerca do tratamento que os jornalistas estão dando ao assunto deficiência. Ela disse que, anos atrás, notícias que abordavam as questões da deficiência eram veiculadas de forma triste e sofrida pelos repórteres e jornalistas. Ao revés, hoje, o assunto da deficiência é “fashion”, como ela disse, transmitida como uma luta das pessoas com deficiência contra um problema social. A deficiência é vista atualmente como mais um problema que a sociedade tem que resolver por meio de políticas públicas.


Bom, espero que tenham gostado de conhecer a Vereadora Mara Gabrilli, candidata a Deputada Federal nas eleições 2010. Caso não tenham candidato, vote na Mara. Ela auxilia muito as pessoas com deficiência!!!!!!!
MARA GABRILLI DEPUTADA FEDERAL: 4517
Até o próximo post......